Jim Mininni e Cindy Ireland são um casal que cumpriu realmente o voto de ficar juntos na saúde e na doença, até que a morte os separasse.
Infelizmente, Jim travou uma luta contra o cancro durante 8 anos, até acabar na unidade de tratamentos intensivos do Kingston General Hospital ligado ao suporte de vida.
No dia a seguir, Cindy teve um ataque cardíaco e também foi colocada em suporte de vida, mas noutro hospital.
“Eu e o meu irmão não conduzimos, então ir a Kingston e a Brockville era muito difícil. Nós tentámos transferir a nossa mãe para Kingston, mas ninguém nos conseguia ajudar”, conta Chris, filho do casal.
Entretanto, o médico de Jim conseguiu fazer a transferência. “Eu devia ter percebido que não era um bom sinal, mas eu estava muito agradecido pelo que ele fez”, diz Chris.
Jim acabou por retirar o tubo de respiração durante um pesadelo, e como tinha assinado um papel para não o ressuscitarem, o tubo não foi substituído e não havia mais nada a fazer.
“Dissemos-lhe: a mãe está aqui agora. Ele começou a ficar descontrolado, mas quando dissemos que não ia resistir, ele pegou numa caneta e num papel e tentou escrever, porque não conseguia falar”, lembra Chris.
Jim escreveu a palavra “mãe” para os filhos, razão pela qual o hospital fez algo inédito: colocaram dois pacientes, um que estava em suporte de vida e outro que tinha acabado de sair dele, na mesma sala.
“Foi muito arriscado, mas eles fizeram isso por eles. Ele começou a gritar e a dizer obrigado fazendo o movimento de oração”, conta Chris.
Enquanto a esposa estava sedada, Jim conseguiu apertar-lhe a mão, e Chris resolveu registar o momento, pois provavelmente seria um dos últimos momentos deles juntos.
“Se há uma definição do meu pai, é que ele era um marido e um pai orgulhoso”, diz Chris. Quando a Cindy, ela acabou por acordar passados alguns dias, e ficou confortada por saber que pôde estar com o marido novamente antes de este falecer.
