Emocionante

Não trabalhe tanto! Os seus filhos precisam mais de afeto do que de dinheiro

Nenhuma quantia de dinheiro neste mundo chegaria para pagar o tempo que não passa com os seus filhos por trabalhar em excesso, e um dia, quando não tiver mais tempo, vai perceber que ele não volta atrás, que é demasiado tarde, que faltou atenção e afeto e sobrou ausência e distância.

Hoje em dia, estamos sempre em movimento, o que faz com que sintamos que o tempo passa a voar. A angústia constante da falta de tempo consome-nos, pois acreditamos que não termos tempo para fazer tudo o que queremos e atender a todas as nossas obrigações.

Queremos tanta coisa que é impossível que caiba tudo no dia-a-dia de 24 horas: queremos viajar para todo o lado, comprar todas as roupas, ter todas as novas tecnologias… mas no fundo sabemos que tudo isso não passa de uma grande ilusão. Quando compramos algo, estamos meramente a satisfazer uma necessidade de momento.

Por um lado, somos cobrados por todos, e por outro cobramo-nos a nós próprios, exigindo sucesso em todas as áreas da vida. Não descansamos enquanto não obtemos uma estabilidade financeira, bens materiais, estatuto… e enquanto isso, perdemos o foco daquilo que realmente importa, distanciamo-nos daqueles que mais gostamos. Para ganhar poder de compra, passamos mais horas do trabalho que o necessário, e esquecemos os nossos.

Ainda vamos dando desculpas, alegando que a ausência se deve a querer garantir o futuro dos filhos, e que eles ainda vão ser gratos no futuro, mas será assim mesmo?

Sem darmos por isso, a necessidade da perfeição, da sensação de posse, apenas nos afunda num poço de vaidades.

Na verdade, os filhos não querem pais bem-sucedidos – querem pais presentes, carinhosos, atenciosos. Eles precisam de sentir que podem contar com os pais e que são a sua prioridade, em vez do trabalho.

Infelizmente, muitos pais ralham com os filhos quando estes pedem atenção, e dizem-lhes que naquele momento não podem por causa do trabalho. Isso passa a mensagem de que o trabalho é mais importante que eles, o que pode afetar muito negativamente a autoestima das crianças. Essa rejeição constante dá lugar a um vazio enorme, pois nada pode substituir um pai ou uma mãe!

Os pais têm uma responsabilidade afetiva para com os filhos, e devem levá-la a sério. Em vez de sentir satisfação por poder passar numa loja e comprar-lhes todos os brinquedos, a custo de dias a fio sem grande contacto com os filhos, os pais deviam valorizar mais os momentos de interação e brincadeira. As crianças não precisam de bens materiais, apenas de companhia, conforto e segurança.

Sabemos que trabalhar é absolutamente necessário, mas trabalhar demasiado é muito nocivo para todos os envolvidos.

Temos responsabilidade financeiras, por isso precisamos de trabalhar, mas é importante não colocarmos o emprego à frente da nossa própria família. Tudo deve ser vivido com conta, peso e medida.

O vício do trabalho, como todos os outros, causa grandes perdas afetivas e distancia-nos de quem mais amamos.

O problema é que os chamados workaholics não consegue desligar-se do trabalho, e isso leva a uma crescente bola de neve de acontecimentos negativos a nível pessoal, familiar e até da saúde.

As crianças não percebem o valor da moeda, mas compreendem desde cedo a linguagem dos afetos. O amor não se compra, simplesmente cultiva-se e ganha-se através de momentos e memórias.

Os seus filhos têm necessidades emocionais e precisam que seja mais presente. E você ainda tem tempo. Ainda vai a tempo. Invista em tempo de qualidade com eles. Converse com eles sobre os mais variados temas, hobbies e interesses em comum. Falem, debatam, discutam se for preciso.

Divirta-se com eles, para que possam crescer e evoluir juntos. Sabia que as crianças com pais presentes são mais felizes, e consequentemente tornam-se adultos mais realizados?

Invista no seu filho, não com dinheiro, mas sim com afeto.

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