Esta é a história de uma mulher de 92 anos, que embora estivesse muito doente e tivesse apenas alguns dias de vida, estava determinada em ver a trineta nascer e em ficar com o marido, com quem já estava há 75 anos.
Kayla Tracy, a neta da adorável senhora, decidiu partilhar a história:
“Setenta e cinco anos. Setenta e cinco anos é o tempo que estes dois apaixonados estão casados. Nesses 75 anos, houve muito sofrimento, bem como risos e bons momentos. Eles são um casal por completo. Eles criaram três meninos fortes e iam sempre à igreja todos os domingos.
O meu bisavô serviu na Segunda Guerra Mundial e vive pelo lema “trabalhe todos os dias ou viverá pouco”. Este homem é cego, perdeu 90% da sua audição, mas ainda trabalha com um cortador de tronco e alimenta os peixes numa lagoa da sua terra…
No entanto, quando a minha bisavó de 92 anos foi informada, há nove semanas atrás, de que ela só tinha três semanas de vida, o mundo inteiro parou de girar. O médico que cuida da minha bisavó disse aos seus filhos que, a julgar pelos seus sinais vitais, ela não estava bem e mostrava sintomas de insuficiência renal.
Quando a minha família ouviu isso, rezámos mais do que nunca. Passou uma semana e a minha irmã decidiu que ia deixar o seu trabalho para cuidar da minha bisavó. A minha irmã estava grávida na altura, e cuidava da nossa bisavó quando podia, antes de entrar em trabalho de parto às 36 semanas. A minha bisavó disse-lhe: “eu só quero viver o tempo suficiente para ver a minha netinha”. No dia em que Magnolia Jean chegou ao mundo, a minha bisavó ficou tão feliz! Especialmente porque Magnolia recebeu o seu nome, Jean Roper.
A partir desse dia, a minha bisavó mudou completamente. Ela estava a levantar-se sozinha, a fazer o pequeno-almoço do meu bisavô, e até mesmo as tarefas domésticas. Ela mal podia esperar que a minha irmã chegasse com a sua nova bebé. Claro que apareci para documentar também esse momento, e desde então, a minha bisavó tem ido muito bem! Já passaram nove semanas desde o diagnóstico.
Ela está agora a comemorar o 75º aniversário de casamento com o meu bisavô, a 5 de março de 2018. No domingo, eles escolheram celebrar com antecedência, almoçando no Cracker Barrel. Então, encontraram-se comigo para tirar fotografias nos seus belos 85 hectares.
Depois do seu diagnóstico, a minha bisavó deixou de se sentir bonita, apesar de todos lhe termos dito quão bonita ela ainda era…
Quando eles saíram do seu carro, eu conseguia ver que ela se sentia bonita! Ela estava a ajeitar o seu cabelo constantemente, e a perguntar se a maquilhagem estava boa! Eu disse: “estás linda bonita e radiante de amor”, ao que ela respondeu: “isso é bom, estou feliz por estar ainda radiante de amor depois de 75 anos”.
Pedi que beijasse o meu bisavô para tirar uma fotografia, mas em vez disso ela olhou para mim, esboçou um enorme sorriso e apenas corou. Eu disse: ‘tudo bem, eu não vou olhar”.
Em vez disso, pedi que beijasse a sua bochecha. Pelo menos, consegui essa fotografia perfeita!
Os meus avós criaram uma família enorme. Eles têm sete netos, onze bisnetas e um trineto a caminho.”
Uma vez que têm uma lagoa nas suas terras, todos íamos pescar juntos. Certo dia, durante a pesca, a minha bisavó apanhou dois peixinhos numa linha! Então, depois de um dia inteiro de pesca, voltámos a sua casa, lavámo-nos e comemos um cone de gelado. Um dos meus melhores momentos passados com ela tem que ser a ouvi-la tocar música no seu órgão. Ela também tocava na nossa igreja batista local…
Tirar estas fotografias foi uma das muitas razões pelas quais eu me tornei fotógrafa. Poder guardar esses momentos para minha família e para eles, significa tudo para mim. Eu gosto de fotografá-los a cada segundo. Sou tão abençoada por ter conseguido capturar este amor verdadeiro. Um amor que só posso esperar ter com o meu marido. Quero que todos vejam estas imagens e saibam que o verdadeiro amor é real.”
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