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Pais culpam o filho pela morte do avô – e ele revela o seu segredo

Esta é a história da morte do avô de um jovem que, apesar de já ter ocorrido há mais de 13 anos, continua bastante presente na família, pois os pais culpabilizam o próprio filho pela morte do senhor.

Atualmente, o neto é adulto e decidiu falar após todos estes anos, recorrendo de forma anónima à plataforma Imgur.

Aqui fica o seu testemunho:

“Os meus pais culpam-me pela morte do meu avô, pois eu ‘não estava a prestar atenção quando ele morreu, e não tentei salvá-lo’.

Eu estava no meio da minha adolescência e o meu avô já tinha sido ressuscitado várias vezes. Ele esteve mais vezes no hospital do que as que eu pudia contar. Ele sobreviveu à poliomielite e a muitas outras doenças. Ele estava cansado de viver. Acima de tudo, ele estava cansado de acordar no hospital com um tubo de respiração na garganta.

Um dia, ele chamou-me ao quarto e deu-me uma folha de papel. Ele disse que se tratava de um documento que dizia aos paramédicos e hospitais que eles não deveriam tentar ressuscitá-lo. Ele disse que confiaria a sua vida a qualquer pessoa da família, mas que eu era único a quem ele podia confiar a sua morte. Ninguém além de mim aceitaria o seu desejo de morrer. Por isso, ele escolheu-se. Eu só deveria chamar o hospital uma hora depois de ele já estar morto.

Alguns dias depois, ele chamou-me novamente e disse-me que estava a ter problemas. Eu sentei-me ao seu lado enquanto ele tinha um ataque cardíaco e impedi que ele caísse da cama. Eu segurei na sua mão até que ele não a apertasse de volta. Depois de ele parar de ofegar, eu peguei nele e sentei-me com ele no chão, olhando para ele por um tempo. Uma hora depois ele tinha perdido toda a cor, então eu liguei para a polícia para reportar a sua morte.

Os meus pais vieram alguns minutos depois dos paramédicos. Eu nunca os chamei, pois isso revelaria o nosso plano. Isso aconteceu há 13, 14 anos. Foi há muitos anos, e eu tive tempo para refletir sobre isso, aceitar e pensar em como isso me mudou. Agora, eu consigo falar sobre isso, eu aceitei.

Os meus pais ainda não sabem. Eles sabem da ordem de não ressuscitação. Eles não sabem que eu e meu avô planeamos esse fim.

Eu tive uma escolha e decidi passar por isso. Aceitei as possíveis consequências e não me importei se toda a minha família me odiaria e acharia que eu o matei. Valeu a pena e eu faria de novo.”

Depois de tanto tempo com um segredo assim, deve ter sido uma experiência libertadora para este homem relevá-lo, ainda que tenha sido de forma virtual.

Apesar de tudo, as reações foram positivas. “Viver algo assim na adolescência teria acabado comigo. Pelo menos você realizou o seu último desejo. Ser um herói nem sempre dá medalhas. Você fez o correto, eu aplaudo-o”, “como enfermeira na UTI, digo: muito bem, a sério, com a ordem d enão ressuscitação, o que você fez foi bom, e também o que ele queria”, “é triste que ele não tenha podido falar sobre o seu desejo com os pais, todos merecem morrer com dignidade”, foram alguns dos comentários.

E você, qual a sua opinião?

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