O post de hoje é sobre a iniciativa de um grupo de jovens com muita vontade de trabalhar, que arriscou no mercado de trabalho e acabou por ter um grande sucesso.
A empresa deste grupo, situada em San Isidro, na Argentina, chama-se Los Perejiles e tem como objetivo fazer pizzas e empanadas para eventos.
Basta ligar-lhes e eles dirigem-se ao local do evento, cozinham os pedidos e ainda limpam tudo.
Na verdade, o grupo consiste em seis jovens com Síndrome de Down, que apesar de ter uma alegria contagiante a trabalhar, não conseguiam emprego por causa da sua condição. Por isso mesmo, decidiram criar o próprio negócio, e no espaço de apenas dois meses depois de o dar a conhecer, já tinham 24 eventos marcados.
Estes rapazes contam com a colaboração de dois profissionais de uma carrinha de comida com o nome “Sumando”, onde trabalham também pessoas com Síndrome de Down. Telam Lopez, um dos professores voluntários dessa carrinha, foi uma das pessoas que ajudou a gerir o projeto ambicioso do grupo.
“Los Perejiles começou a nascer quando expomos às mães destes rapaz as dificuldades em arranjar trabalho, porque os meninos foram para um colégio especial onde os formam para o mercado de trabalho, supostamente, mas eles acabam por parar por ali”, explica Telam.
Juntamente com outro professor, Kevin Degirmenci, foi precisamente nessa carinha que os rapazes acabaram por aprender a desenvolver-se mais eficazmente, quer dentro de casa como no exterior.
“Aqui temos crianças que não sabiam fazer nem uma sande para o lanche, cruzar a rua ou fazer tarefas domésticas. Alguns só chegaram a ter uma chave de casa aos 20 anos”, relata Kevin.
Todo o sucesso desta empresa deve-se à organização e boa disposição de todos os intervenientes.
Os Perejiles chegam ao local dos eventos já com os seus utensílios e ingredientes, e lá distribuem as tarefas entre cozinheiros e empregados que servem às mesas.
O melhor de tudo é que em nenhuma das festas para as quais trabalham são recebidos com olhares de reprovação e não são tratados de forma diferente, pois as pessoas que os procuram conhecem a sua condição e aceitam-na naturalmente, querendo contribuir para uma sociedade que dá oportunidades iguais a toda a gente.
Esta é a prova de que as deficiências não têm de ser limitadoras, e que mesmo perante as adversidades impostas pela natureza há sempre espaço para crescer e expandir os horizontes.