Biberão ou peito, qual o melhor? Este é um debate que dura há anos: se a amamentação é o caminho certo para nutrir um recém-nascido ou se a fórmula infantil é uma alternativa perfeitamente boa. Em última análise, é uma decisão da mãe.
Algumas sentem-se desconfortáveis com a amamentação ou simplesmente não conseguem porque os seus corpos não produzem leite suficiente.
Há uma série de razões pelas quais quer a mama quer o biberão são o melhor para cada bebé e mãe, individualmente. E mesmo que as mães devam apoiar a decisão umas das outras, isso nem sempre acontece…
As mães que amamentam às vezes são criticadas por amamentar em locais públicos, enquanto outras mães são criticadas por alimentar o bebé com biberão. Esta mãe tinha a sensação de que poderia ser ostracizada por não optar por amamentar o bebé, por isso criou um sinal inteligente para informar todos sobre a sua situação especial.
Meghan Koziel sonhava em segurar um bebé seu nos braços um dia, mas esse sonho foi despedaçado – mesmo que apenas por alguns anos – quando Meghan foi diagnosticada em 2015 com cancro de mama.
Ela tinha apenas 26 anos de idade e foi submetida a uma mastectomia dupla, juntamente com uma série de tratamentos extremamente agressivos e invasivos, projetados para tratar e combater o cancro. Inicialmente, ela enfrentou a ideia de um futuro sombrio sem filhos, mas graças à medicina moderna, a esperança da maternidade finalmente voltou.
“Há três anos, quando fui diagnosticada com cancro da mama, achei que a minha vida nunca seria a mesma. Fui forçada a tomar tantas decisões importantes, inclusive preservar a minha fertilidade por meio da recuperação de óvulos. Depois de dois anos de medicamentos bloqueadores de hormonas (porque o meu cancro é tão agressivo que afetou bastante os meus níveis de estrogénio e progesterona), tomei a decisão de pará-los para realizar o meu sonho de ser mãe!”, conta Meghan.
No dia 15 de setembro, o sonho de Meghan tornou-se realidade, pois foi quando ela deu à luz a bebé Kendra Jane Koziel, saudável e perfeita.
“O cancro mudou a minha vida para sempre… mas olhar para esta menina doce faz com que todos os meus medos de recorrência e ter que passar por tratamento ativo novamente desapareçam! Eu sou tão abençoada e vou brilhar para sempre”, disse.
A última coisa que Meghan precisava enquanto saboreava aquele momento mágico com a sua bebé milagrosa era que os outros comentassem o porquê de ela não amamentar. No caso dela, simplesmente não é possível.
Então, o poster rosa que ela desenhou pacientemente explicou a sua situação, e ela fez questão de partilhar nas redes sociais:
“Atenção, por favor, atenção, por favor. Nós temos uma mãe que passou por um cancro da mama e uma mastectomia, o que significa que não há mamas nesta casa! Criei este aviso apenas para o caso de as pessoas estarem confusas sobre o porquê de não amamentar a nossa pequena alegria. Sim, eu tenho mamas falsas, não, eu não tenho peito (ou mamilos), portanto o meu corpo é incapaz de amamentar. ”
Colocar o cartaz acima da sua cama também limitou a quantidade de vezes que ela teve que repetir a sua história para cada nova enfermeira e funcionária do hospital que entrasse no seu quarto. E funcionou muito bem, segundo Meghan!
O cartaz dizia:
“Zona de não amamentação: embora a amamentação seja algo muito especial, por favor, esteja ciente antes de perguntar. A nossa bebé milagrosa será alimentada com fórmula,
e isso não afetará o futuro que tem pela frente. Esta mamãe é uma sobrevivente.”
Meghan trabalhou anteriormente em ambiente hospitalar, e sabe que nem todos os profissionais médicos que entram no quarto de um paciente leem o prontuário inteiro e o historial médico. Uma amiga sugeriu que ela criasse a placa, e a equipa do hospital também adorou!
Infelizmente, Meghan ainda recebe conselhos não solicitados de estranhos. O seu banco local de leite materno fornece apenas leite para prematuros e bebés múltiplos, não havendo cobertura de seguro para pacientes com mastectomia e o leite doado é vendido por US $ 3-5 por quase 30 gramas.
“Fui então encaminhada para grupos locais de doação de leite do Facebook, mas não fiquei entusiasmada porque esse leite não tem como ser testado. Sim, o leite materno é fabuloso e cheio de nutrição… mas também pode ter doenças! Eu não estou disposta a arriscar a vida da minha filha simplesmente para ela beber leite materno quando a fórmula do leite em pó é usada há anos e não há diferença conhecida comparativamente a um bebé amamentado com leite materno”, explicou Meghan.
Olhando para além do cartaz impactante que ela criou, Meghan espera que a sua história também traga esperança para outras sobreviventes de cancro da mama que sonham em ser mães um dia também. Ela é a prova de que os milagres realmente acontecem.
“Todos os sobreviventes que querem ser mães, nunca percam a esperança! Os médicos não podem garantir a fertilidade, mas se pensar sobre isso… a fertilidade não é garantida para ninguém na vida! Os milagres acontecem, e quer conceba naturalmente, através de fertilização in vitro, ou opte pela adoção, há sempre uma maneira de se tornar mãe! Você só tem que encontrar o caminho e confiar nele”, escreveu Meghan.
Meghan também incentivou todas as mães a confiar em si mesmas quando decidem entre mama ou biberão, especialmente quando a sua saúde está envolvida.
“Para todas as mães como eu, com histórias de saúde complicadas, que têm de enfrentar os trolls das redes sociais a opinar sobre como estão a criar o seu filho, eu diria… continue a ser você mesma! Todos nós devemos tomar decisões que sejam melhores para as nossas famílias, e realmente não é da conta de ninguém se isso não os afeta! Crie o seu filho com muito amor e felicidade e esse bebé será maravilhoso”, conclui.
Parabéns a Meghan e ao seu marido pelo nascimento da sua linda bebé! Que Meghan tenha muitos anos cheios de saúde pela frente, junto da sua família.
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