Frequentemente, ouvimos dizer que quem já traiu está mais propenso a fazê-lo novamente, e aparentemente vários estudos comprovam essa teoria, ao identificar a tendência a repetir certos comportamentos após a quebra de “regras” e tabus sociais e pessoais. O segredo parece estar numa região do cérebro chamada amígdala, responsável pelas reações emocionais e, portanto, pelo sentimento de culpa.
Quando mentimos às outras pessoas, sentimo-nos mal ao início, mas quando repetimos a mesma ação, a resposta psicofísica vai tornar-se cada vez mais fraca. Basicamente, é uma questão de hábito: tornar normal algo que no início foi percecionado como errado.
Não há uma única razão que desencadeie a infidelidade. Alguns sujeitos estão sempre insatisfeitos, condição que os impede de se sentir felizes, independentemente da situação em que estiverem.
Traem porque algo está em falta no seu relacionamento, mas preferem mantê-lo vivo porque simultaneamente têm medo de ficar sozinhos. Desistir de um relacionamento implicaria enfrentar a realidade de não ter ninguém, de ficar sem uma “rede de segurança”.
Os infiéis vivem num limbo, composto pela falta de controlo das suas emoções e o terror da verdadeira liberdade. Porém, esse estilo de vida é extremamente destrutivo, não só para os outros, como também para eles mesmos, pois nunca conseguem encontrar a paz e o equilíbrio internos.
Para romper este ciclo vicioso de mentiras, enganos e negações, é necessário parar, refletir e encarar a realidade. Repetir estas atitudes pode parecer gratificante, a curto prazo, mas a longo prazo é inútil e prejudicial. Primeiro, tem de compreender o que está errado no seu relacionamento e, eventualmente, aceitar a verdade quando chegar a hora de terminar.
Em segundo lugar, precisa de entender o que realmente está à procura. Não está preparado para um relacionamento sério? Então, o melhor é admitir isso mesmo para si próprio e assumir todas as responsabilidades de ficar sozinho.
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