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Em 1993, o carro deste homem avariou no deserto. Veja o que ele construiu em apenas 12 dias.

Esta é a história de Emile Leray, um eletricista que estava a residir na África do Sul e resolveu explorar o noroeste africano. Para tal, teria de passar pelo Deserto do Saara, e por isso tinha consciência de que necessitava de bom equipamento.

Emile já tinha conduzido veículos pesados naquelas estradas, mas decidiu apostar na personalização de um Citroen 2CV para a sua viagem.

Iniciou o percurso em Marrocos, de Tantan passou para a Mauritânia, tendo passado pela área de conflito do oeste do Saara.

O clima de guerra estava de tal forma intenso que as autoridades pararam Emile, impediram-no de continuar a viagem e solicitaram que este levasse consigo um passageiro, no regresso para a cidade de Tantan.

Emile alegou que o seguro especal do Citroen não autorizava que este transportasse outra pessoa na viatura, mas aceitou voltar para trás… até onde já não o vissem, dando depois a volta.

A partir daí, as estradas tornaram-se cada vez mais complexas, e após algumas manobras por cima de uma rocha de grandes dimensões, o carro parou e Emile não conseguia coloca-lo a trabalhar!

Felizmente, o eletricista tinha levado consigo alimento para 10 dias, mas ainda assim, sabendo que o estabelecimento mais perto se situava a 32km de distância, Emile considerava a jornada muito arriscada para se fazer a pé, especialmente tendo em conta as condições do terreno.

Entretanto, decidiu recorrer ao seu conhecimento ganho enquanto mecânico e eletricista, e dedicou-se a salvar o possível do carro e construir algo novo.

Então, retirou a carroceria e utilizou-a como proteção contra o sol abrasador do Saara, e trabalhou só de cuecas, desmontando o carro peça a peça.

Emile tinha levado consigo apenas ferramentas básicas, por isso teria de construir algo apenas aparafusando peças.

Inicialmente, Emile pensou que o processo demorasse 3 dias, mas só passado 12, quando só já lhe sobrava meio litro de água, é que ele conseguiu colocar a funcionar a nova motocicleta improvisada.

Embora este veículo só atingisse os 19 km/h, viria a ser a sua salvação. Assim que chegou à civilização, a polícia parou-o, deu-lhe água e passou-lhe uma multa por ter conduzido um veículo não autorizado.

Ao fim de aproximadamente 25 anos, Emile ainda possui o seu adorado “Camelo do Deserto”.

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“Quando o meu carro avariou no meio do deserto, eu simplesmente construi um novo”, conta com orgulho.

Um verdadeiro aventureiro!

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