Como diz o ditado, a comparação é a ladra da alegria, e em nenhum lugar isso é mais verdadeiro do que no Instagram.
Embora a plataforma de redes social possa ser uma fonte de conexão, apoio e comunidade, estudos mostraram que também pode ter um grande impacto negativo na saúde mental, principalmente porque a maioria das imagens são pesadamente alteradas e filtradas. Em outras palavras, não são reais.
No entanto, algumas pessoas estão a rebelar-se contra esse padrão hiper perfeito e irreal, e um exemplo disso é a jovem influencer Ariella Nyssa, de 24 anos, residente em Sydney.
Esgotada pela enxurrada de imagens supostamente perfeitas e “lisonjeiras” que consomem a maioria dos nossos feeds, e tendo passado anos a odiar o seu próprio corpo, agora Ariella faz questão de partilhar fotos reais e intocadas que celebram cada parte dela e encoraja os seus 600 mil seguidores a fazer o mesmo.
“Quando eu era adolescente, estava constantemente em busca de novas dietas e novas maneiras de mudar quem era. Eu tinha anjos da Victoria Secret como fundo do meu telemóvel para me lembrar que aquilo era o que eu queria ser. Mal desfrutei da minha juventude, por um ideal inatingível alimentado pela sociedade e pelas redes sociais”, disse Ariella.
“Havia noites em que eu me enrolava como uma bola e chorava só porque me sentia tão mal por ser EU. Eu teria feito qualquer coisa para ser outra pessoa. Ter um estômago liso, seios empinados, um rabo perfeito, tudo na tentativa de me aceitar. Eu suportei um trauma que me destruiu e me deixou com a sensação de não ser nada. Foi apenas nos meus momentos de escuridão que percebi que um amor genuíno e autêntico e uma aceitação por mim mesma era a única maneira de ser verdadeiramente feliz”, acrescentou.
“Sem mais dietas, sem fome, sem culpa quando eu falto algum dia aos treinos, e mais importante, sem ódio de mim mesma. NÓS somos todos milagres. NÓS somos todos dignos. Todos nós merecemos amor e aceitação de nós mesmos. Não importa o que enfrentemos nas nossas viagens, devemos sempre lembrar que somos perfeitamente imperfeitos”, continuou a influencer.
Para reforçar a sua mensagem, ela lançou uma página online chamada The Self Love Bible, com imagens de mulheres a partilhar histórias das suas próprias jornadas com os seus corpos, bem como fotografias espontâneas de si mesma na sua própria gama de biquínis – até mesmo as que ela teria apagado instantaneamente no passado.
“Eu peço-vos, publiquem as vossas fotos sem edições! Publiquem as fotos que não gostam à primeira vista. É tão libertador e faz-nos perceber o quão bonitos realmente somos”, incentivou Ariella.
A campanha de Ariella foi surpreendentemente bem recebida, com elogios intermináveis de fãs a chamá-la de “inspiradora”, dizendo que as imagens os ajudaram a lidar com as suas próprias inseguranças também.
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