Hoje vamos falar-lhe do co-sleeping, uma prática utilizada para reduzir o stress e as noites sem dormir.
Muitas pessoas receiam que seja negativo dormir com os filhos, mas na verdade alguns pediatras recomendam que as crianças durmam na cama com os pais até aos 3 anos.
Segundo o Dr. Nils Bergman, da Universidade da Cidade do Cabo, os bebés devem dormir no peito da mãe durante as semanas, para se poderem desenvolver de forma saudável, e na cama com os pais até aos 3 ou 4 anos.
Ainda assim, o co-sleeping não é recomendado no geral, pois aumenta a probabilidade de morte por sufoco acidental. “Quando as crianças são sufocadas, não é por dormirem com a mãe. A causa encontra-se noutras coisas, como gases tóxicos, cigarros, álcool, almofadas grandes e brinquedos perigosos”, explica Bergman.
Recentemente, um estudo acompanhou o sono de 16 crianças, e a conclusão foi que quando dormiam sozinhas num berço, os seus corações estavam sujeitos a 3 vezes mais stress, dormiam mais agitadas e acordavam com frequência.
Um outro estudo, publicado na revista Biological Psychiatry, analisou durante 10 anos 73 bebés prematuros – alguns deles beneficiaram da “terapia de portador de bebé” (contacto com a pele da mãe), e outros de cuidados padrão em incubadoras. A conclusão foi que o desenvolvimento cognitivo, a função respiratória e a saúde das crianças que dormiram no peito da mãe melhoraram consideravelmente, em comparação com as que estavam na incubadora (que pode ser equiparada a um berço). Para além disso, ansiedade materna também foi reduzida no primeiro caso.
O National Childbirth Trust defende a prática do co-sleeping, desde que os pais não bebam, não fumem nem usem drogas, não sejam obesos, cronicamente doentes ou que sintam fadiga-crónica. Para além disso, é de evitar a existência de almofadas muito grandes, brinquedos ou outros objetos na cama.
O Dr. Bergman apoia o co-sleeping, mas apenas durante a amamentação, pois é o período fundamental para transmitir confiança e segurança e estabelecer harmonia e intimidade entre a mãe e o recém-nascido.
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