João Gabriel Duarte Ferreira, terceiro filho de pais surdos, é um jovem doutorando em Estudos da Tradução na Universidade Federal de Santa Catarina, que reside com três pessoas (duas delas surdas).
O grupo já tinha uma cadela, mas João quis adotar um cão surdo, à semelhança deles, que viu nas redes sociais do Dibea (Diretoria de Bem-Estar Animal).
Infelizmente, o cão tinha sido adotado com 45 dias e devolvido um mês antes de João a acolher definitivamente. Depois de o jovem contactar a diretoria, o processo de avaliação levou 3 dias a ser concluído.
“Estamos felizes com ele. Temos muita empatia, por causa da surdez. Ele está feliz, porque temos as nossas estratégias de adaptação em casa”, explicou João.
Segundo o jovem, o cão habituou-se rapidamente à dinâmica e dá-se muito bem com a outra cadela de casa, a Gabi.
“Ele é dócil, manso, bem-comportado e aprende rápido. Já sabe alguns sinais de Língua Gestual, e desde quinta já aprendeu os sinais de passear, pedir para sair e esperar”, acrescentou.
Para além da nova família, o cão recebeu um novo nome: Jögan. “Alguns dias antes da adoção, eu estava a ler sobre Jögan, um tipo de olho num anime japonês, e aí apareceu o nosso cão, com os olhos iguaizinhos”, concluiu.
