Cafés podem ser encontrados em cada esquina, mas este em específico, localizado em North Smithfield, Rhode Island, está a oferecer algo especial.
Michael Coyne, que vive com autismo, transtorno de déficit de atenção, hiperatividade (TDAH) e transtorno bipolar, teve dificuldades em encontrar um emprego durante dois anos.
“Após completar 21 anos, inscrevi-me em vários lugares. Nenhum deles me quis contratar”, conta.
Ele era constantemente rejeitado pelas empresas locais na sua cidade natal, então o atleta das Olimpíadas Especiais de Rhode Island, com 23 anos, decidiu tomar o assunto por conta própria.
Usando a experiência dolorosa como motivação, participou em aulas de negócios no Rhode Island Developmental Disability Center, e quando terminou, a sua família ajudou-o a abrir a Red, White & Brew – o seu próprio café.
O estabelecimento iniciou operações em novembro, e tem como objetivo ajudar outras pessoas como Michael, contratando pessoas com deficiência. O projeto também está ligado à The Budding Violet, uma loja que vende produtos caseiros feitos por pessoas com necessidades especiais.
“Como pais, olhamos para os nossos filhos e vemos o valor. Vemos do que eles são capazes, mas sistema rotula-os constantemente e coloca barreiras. O que eu gosto mais na ideia do café é a comunidade. Nós aprendemos dos dois lados. Fizemos ver às pessoas que sim, ele tem uma deficiência, mas foi capaz de tudo isto. E ele está na comunidade a desenvolver as suas habilidades sociais”, disse Sheila Coyne, mãe de Michael.
Sheila também acredita que existe uma maneira fácil para os empresários integrarem pessoas com deficiência na força de trabalho. Fazer pequenos ajustes nas práticas comerciais comuns, como usar um scanner de código de barras em vez de inserir manualmente os preços ou adquirir um vaporizador de leite que desliga automaticamente, são exemplos de coisas que podem fazer muita diferença para indivíduos como Michael.
“Ele está a fazer alterações que eu acho que a comunidade empresarial pensa que vai ficar caro, mas que na verdade não fica”, acrescentou Sheila.
Quanto a Michael, ele espera poder criar um ambiente inclusivo ao pessoas com e sem deficiência no futuro.
O café está aberto há apenas algumas semanas, mas já se tornou um favorito entre as famílias com filhos com necessidades especiais.
“É um farol de esperança para as pessoas com deficiência. Tivemos pais a entrar aqui com lágrimas nos olhos, na esperança de que os seus filhos pequenos fossem eventualmente aceites na comunidade”, continuou Sheila.
A família Coyne espera que o seu café ajude a abrir portas para pessoas com necessidades especiais que estejam com dificuldades em encontrar emprego e espalhar a mensagem de que também são pessoas úteis, prestáveis e trabalhadoras.
“Nós apenas queremos integrar”, concluiu Michael, exemplo inspirador de empreendedorismo solidário de quem partiu esta linda iniciativa.
