Esta é a história de Rehtaeh Parsons, uma jovem canadense que tinha apenas 15 anos em 2011, ano em que foi a uma festa com um amigo.
Infelizmente, Rehtaeh foi abusada por quatro colegas, sendo que um deles fotografou o sucedido e espalhou as imagens pela escola inteira.
Ao início, a jovem não conseguiu contar à mãe o que tinha acontecido, mas após dias de intimidações e troça na escola, decidiu dizer-lhe tudo.
Leah, a mãe de Rehtaeh, levou logo a filha ao hospital, mas ninguém a quis ajudar, nem mesmo a polícia, que nem sequer questionou os abusadores.
Passado um ano, as autoridades arquivaram o caso, tendo alegado falta de provas, apesar de possuírem as fotografias.
Desde o dia em que foi abusada, Rehtaeh era humilhada diariamente na escola e online, e só contava com o apoio da família para lidar com toda aquela dor.
Após as imagens terem circulado, muitos dos alunos mandavam-lhe mensagens para ter relações com ela, o que a deixava devastada.
“Eles nunca a deixaram em paz. Ela teve de deixar a comunidade. Os amigos dela desapareceram. As pessoas assediavam-na. Não parava”, conta Leah.
Isto fez a jovem entrar numa grande depressão e perder toda a vontade de viver, e por isso um ano e meio depois do ataque, Rehtaeh enforcou-se na casa se banho de casa.
A mãe encontrou-a demasiado tarde, pois a jovem já tinha ficado com lesões cerebrais graves, mas ainda a levou para o hospital. Ao fim de poucos dias, os pais de Rehtaeh desligaram as máquinas.
Esta jovem morreu deprimida, profundamente infeliz, sem que tivesse sido feita justiça, pois a polícia nunca investigou o caso nem demonstrou qualquer interesse em saber o que aconteceu.
Os pais de Rehtaeh fizeram tudo para ser ouvidos, mas ninguém os quis ouvir, e por isso a sua filha teve um final de vida trágico e os abusadores dela continuam a viver impunes.
