Esta é a história da mãe de Doron Salomon, uma mulher cujos primeiros sintomas de Alzheimer se manifestaram aos 50 anos.
A mãe de Doron trabalhava como contabilista e sempre foi uma funcionária exemplar e respeitável. Contudo, após receber o diagnóstico quis mudar de emprego, e passou a trabalhar na Sainsbury’s, segunda maior rede de supermercados do Reino Unido.
A nossa função baseava-se em remover artigos das prateleiras, consoante os pedidos dos clientes por via online, e por ser mais simples ajudou-a a reduzir o stress. Durante anos, a mãe de Doron conseguiu trabalhar na Sainsbury’s sem qualquer problema.
Infelizmente, aos 60 anos, deixou de conseguir trabalhar sem ter os colegas a ajudá-la constantemente. Doran e o seu pai já tinham avisado os empregadores da condição da mãe, e receavam o dia em que esta seria demitida.
“A doença de Alzheimer, para quem não sabe, é muito mais que uma perda de memória. Também se trata da perda de capacidades sociais e linguagem, mudanças de humor, desorientação, emoções exageradas, agressividade, fadiga, incapacidade de tomar decisões, entre outras coisas”, escreveu Doran.
Contudo, a empresa fez questão de manter a sua mãe e ainda satisfazer as suas necessidades, dando-lhe orientação sempre que esta se esquecia de como fazer o trabalho. A certo ponto, a loja criou uma nova figura profissional só para ela, com a cooperação dos colegas e família.
“O Sainsbury’s viu a minha mãe deteriorar-se a tal ponto que todos os dias, no último ano, ela entrava confusa na loja, como se nunca lá tivesse estado antes. Eles estiveram sempre ao lado dela, a ir para além das suas funções, para se certificarem que ela estava feliz e se sentia valorizada”, conta Doron.
Embora a empresa tenha sido incansavelmente compreensiva, aos fim de 6 meses o Alzheimer piorou de tal forma que a mãe de Doron teve mesmo de deixar de trabalhar.
Como forma de agradecimento, Doron fez questão de partilhar a história da mãe e a forma como a empresa a tratou.
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