Apesar de não faltarem notícias a dizer que o salmão é um dos peixes mais saudáveis, temos de ter atenção a alguns fatores. O salmão, que muitas vezes encontramos em supermercados, é criado em cativeiro, no Chile, e tem propriedades diferentes do salmão selvagem encontrado na América do Norte.
Muitas vezes consideramos ser salmão apenas por ter a carne do peixe rosa-alaranjada. Na verdade, o salmão é um peixe com o alto-mar como habitat e passa a vida em liberdade até à fase de reprodução, durante a qual sobe o rio, deixa os seus ovos e morre em seguida. Esta forma de vida torna este peixe extremamente raro, caro, delicioso e com a cor rosa-alaranjada, pois apenas se alimenta à base de camarão e krill. Em valores totais, este peixe ocupa apenas 5% do salmão vendido nos Estados Unidos.
A maioria do salmão que nos apresentam no mercado é criado em sistema de aquacultura, e tem uma cor originalmente entre o cinzento e o bege-claro, sendo no máximo rosa-pálido. O que o torna com um tom mais aproximado ao do salmão selvagem é a adição de aditivos sintéticos derivados de petróleo.
Segundo estudos, se consumirmos 200 gramas deste pescado, sem ser do selvagem, o risco cancerígeno é enorme.
Todos os dias, vemos publicidades a dizer que o salmão vendido é benéfico para a nossa saúde pois contém muito ómega 3 mas na verdade pode ser perigoso para a nossa saúde. Para agravar ainda mais a situação, muitas vezes as empresas que criam os peixes têm ambientes anti-higiénicos, dão-lhes antibióticos e o dobro da gordura, sendo muito pouca desta gordura ómega 3.
Portanto o melhor é mesmo comer outros peixes, e em Portugal há muitos outros peixes origem selvagem ou optar por gastar um pouco mais de dinheiro e comprar salmão de qualidade.
