Histórias

Separação não é tragédia, viver infeliz num relacionamento é

Uma separação nunca é um processo fácil nem divertido para nenhuma das partes, mas muitas vezes é simplesmente necessário. Infelizmente, muitas pessoas continuam em relações sem saída, por medo daquilo que os outros possam pensar.

De seguida, deixamos um texto de reflexão sobre esse mesmo tema, escrito pelo autor Marcel Camargo:

“Não é fácil ignorar o que deve ser ignorado e dar atenção apenas ao que nos acrescenta. Temos uma tendência inexplicável para focar aquilo que é mau, como se o que não dá certo apagasse tudo o que há de bom nas nossas vidas. Uma palavra desagradável parece ter efeitos mais duradouros que um elogio. Se quisermos viver melhor, temos de mudar, pois quando mudamos, o mundo muda.

Por exemplo, é muito comum as pessoas opinarem sobre as vidas umas das outras, muitas vezes de forma desagradável e invasiva. Dão palpites sobre como os outros devem criar os seus filhos, sobre a roupa, o emprego, a casa, a saúde, as amizades, as relações, o casamento, etc. Fazem-no mesmo que nunca tenham oferecido ajuda. Obviamente, devemos ignorar estas pessoas, mas às vezes não conseguimos.

E quando se trata do fim de um relacionamento, os olhares alheios são ainda mais carregados de julgamentos. Em pleno século XXI, ainda existe quem ache que é preciso fazer sacrifícios indignos para manter um casamento, para bem dos filhos, ou de qualquer outra coisa que não seja o marido ou a esposa. Como se alguém devesse ser obrigado a manter um relacionamento falhado porque a sociedade assim o quer.

Logicamente, um casamento envolve várias pessoas e todas podem sofrer com o seu fim, mas isso não deve condenar um casal à infelicidade. Um filho ou dinheiro não são coisas que por si só segurem um casamento. Nada segura um casamento a não ser a vontade de amar todos os dias a mesma pessoa. Se essa vontade passou, o casamento já acabou.

Não é egoísmo pensar em si, quando se trata de sobreviver, de querer amar e ser amado, de querer voltar a ser feliz. Não é uma tragédia separar-se. Tragédia é manter um relacionamento vazio e miserável. Tragédia é deixar de viver o que se é, para agradar pessoas que estão de fora e não vivem a sua história. Ignore e siga. Seja feliz.”

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