Histórias

Mergulhadora encontra carta numa garrafa de 1926 e devolve-a à filha do autor

Limpar algas das janelas de um barco com fundo de vidro pode não ser o final mais glamoroso de um dia de trabalho. Mas quando a capitã do barco Jennifer Dowker terminou as suas tarefas e decidiu dar um mergulho noturno no final de junho, as coisas tomaram um rumo bastante emocionante.

“Eu tinha um cliente de mergulho comigo que queria experimentar um regulador de respiração, então colocámos equipamento de mergulho e mergulhámos no fundo da água para ver o que poderíamos encontrar”, diz Dowker, mãe de três filhos de Michigan, EUA.

“O fundo estava apenas cerca de 3 metros abaixo e vimos uma concha de molusco, depois uma garrafa castanha, mas em segundos algo mais chamou a minha atenção – uma garrafa verde brilhante”, lembra.

“Peguei nela e pude ver a palavra “THIS” e pensei: wow, há uma mensagem lá dentro. Eu não tinha ideia de quantos anos teria”, acrescentou. Então, Dowker foi até a superfície e mostrou aos colegas o que tinha encontrado.

“Era uma garrafa verde brilhante de Moone’s Emerald Oil, um óleo para massagem muscular feito nos EUA no início do século 20, e embora o cordão estivesse muito deteriorado e cerca de 2/3 cheio de água por dentro, podíamos ver claramente que havia um pedaço de papel lá também”, conta Jennifer.

“Nós tirámo-lo com cuidado com uma pequena ferramenta e era um papel grosso, dobrado ao meio. Quando o desdobrámos, tinha uma mensagem escrita a lápis grosso, perfeitamente legível. Era datada de novembro de 1926 e dizia: “A pessoa que encontrar esta garrafa poderá devolver este papel a George Morrow Cheboygan, Michigan, e dizer onde foi encontrado?”. Todos ficámos maravilhados com o meu achado. Foi realmente um momento épico e muito emocionante”, recorda.

Após 20 minutos da descoberta extraordinária, Jennifer publicou a história e fotografias na sua página de negócios no Facebook, a Nautical North Family Adventures, com a legenda “A MELHOR noite de mergulho de SEMPRE”.

“Estive na escola com alguém chamado Morrow, então pensei que talvez uma família local pudesse reconhecer o nome e fazer a mensagem chegar a quem de direito. Mas depois esqueci-me disso e saí para velejar no dia seguinte. Quando voltei, tinha 47 mensagens no meu telemóvel de pessoas que achavam que poderiam ajudar”, conta.

A notícia espalhou-se como fogo e levou apenas um dia para uma senhora chamada Michele Primeau (que nem tem Facebook) ser contactada por alguém que viu a publicação. Então, descobriu-se que ela era filha de George.

“Ela ligou-me e aconteceu ser no Dia do Pai, o que foi emocionante para ambas. Ela disse-me que George tinha morrido em 1995, mas esconder mensagens em garrafas era algo que ele costumava fazer. Ele também deixava recados secretos nas paredes quando estavam a remodelar. A Michele também disse que a data no bilhete correspondia ao aniversário de 18 anos do pai e tinha a sensação de que ele tinha escrito esse bilhete naquele dia. Foi uma linda memória que voltou à vida quase 100 anos depois”, disse Jennifer.

O plano de Jennifer era devolver a garrafa e o bilhete à família de George, mas Michele generosamente decidiu que deviam ficar com quem os encontrou.

“Ela disse-me que a coisa certa a fazer seria eu ficar com a garrafa e coloca-la em exibição”, acrescenta.

Então, foi mesmo isso que Jennifer fez. “Colocámos tudo em exposição na nossa loja – a garrafa e a mensagem juntamente com algumas fotografias que a Michele nos enviou do seu pai – uma delas quando ele tinha cerca de 18 anos, quando lançou a garrafa na água”, explica.

Enquanto isso, Michele planeia fazer a viagem ao lago em setembro para ver a garrafa do seu pai, que tem um passe vitalício a bordo do barco de Jennifer.

“Estou emocionada por podermos fazer isto e manter viva a memória de George”, concluiu Jennifer.

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