Histórias

Menino perde ambos os pais: a meia-irmã adota-o e dá-lhe a família que ele merece

Doloroso é muito pouco para descrever a angústia pela qual se passa depois de perder um ente querido. Mas e quando quem está de luto é uma criança inocente de apenas 2 anos que mal consegue entender o que é um caixão e uma missa fúnebre?

Easton, de 2 anos, passou por esse desgosto muito cedo quando perdeu a mãe no dia 3 de março de 2016. Pouco mais de uma semana depois, perdeu também o pai. Easton ficou órfão muito cedo, e o seu destino parecia condenado, mas foi quando Molly, um anjo da guarda disfarçado, mudou a vida dele.

No 2 de março de 2016, o pai de Easton completou 50 anos, mas nenhuma alegria se espalhou pela sua casa em Michigan porque o homem sabia que não chegaria ao seu 51º aniversário, pois sofria de cancro do pâncreas em estágio 4. Infelizmente, a morte prematura da sua esposa no dia seguinte esmagou-o por completo.

O pequeno Easton, que mal havia começado a falar frases inteiras, não sabia da amarga verdade do ciclo da vida. A perda despedaçou o seu pai, cuja tristeza se aprofundou quando ele pensou no que aconteceria ao seu filho depois de morrer. Então, ele imediatamente procurou alguém que sabia que poderia reescrever o destino do pequeno Easton.

No dia 3 de março de 2016, Molly Schultz estava com a sua linda família de quatro meninas e um marido amoroso em Washington quando recebeu uma chamada do seu pai sobre a morte repentina da madrasta.

Molly ficou em choque. Ela sabia há muito tempo sobre a morte próxima do seu pai, e estava dolorosamente preparada para isso, mas a morte repentina da sua madrasta abalou-a.

“O meu melhor amigo estava a morrer… Então, eu embarquei num avião naquela tarde com os meus gémeos de 7 meses e voei sozinho com eles de Washington a Michigan”, lembra Molly.

Quando ela chegou, estava comprometida com muitas decisões sérias sobre o futuro do seu meio-irmão Easton. Depois de discutir os prós e os contras de diferentes ideias, a família concluiu que apenas Molly poderia criá-lo.

“O meu marido e eu tínhamos quatro filhas muito pequenas e sempre quisemos um filho. Era como a peça perfeita do quebra-cabeça que faltava”, disse ela.

Molly e o seu pai imediatamente procederam com as formalidades legais. A proximidade da morte do seu pai e como as suas filhas perderiam o avô em breve atormentavam-na. “Tudo parecia tão impossível e injusto que as pessoas que eu tanto amo nunca se conhecessem”, lembrou Molly.

Na noite de sexta-feira, 11 de março de 2016, os dois saíram do escritório do advogado e esperaram até segunda-feira para que os papéis fossem assinados. A papelada foi feita, e Molly conseguiu a guarda legal do pequeno Easton.

Ela partilhou a boa notícia com o seu pai, e o que ela ouviu dele naquele dia deixou uma cicatriz dolorosa no seu coração.

“Eu contei a grande notícia ao meu pai, e ele me disse: “oh Molly, isso deixa-me tão feliz. Eu amo-te tanto”. Estas foram as suas últimas palavras, pois ele faleceu no dia seguinte”, recorda Molly.

Molly sentiu que o seu pai estava à espera até Easton encontrar um lugar seguro para morar e isso esmagou-a, especialmente quando o seu irmão mais novo compareceu a um segundo funeral em pouco mais de 12 dias.

Alguns dias depois, Molly voou para casa em Washington com Easton. O menino entrou num novo mundo com quatro irmãs e a sensação de estar em casa. Pouco depois, a batalha legal começou pela sua custódia.

Durante 1 ano, Molly e Easton frequentemente voavam para Michigan para comparecer às datas do tribunal que eram constantemente atrasadas. Eventualmente, o juiz transferiu o caso para Washington, e a a data de adoção ficou marcada para 16 de junho de 2017. Por essa altura, um novo tipo de medo perseguia Molly.

A família chegou à data marcada ao tribunal numa manhã chuvosa. Molly estava ansiosa, pois vários pensamentos enevoavam a sua mente. Ela tinha chegado tão longe, e não conseguir a custódia de Easton seria mais do que apenas doloroso para ela.

“A chuva caía na nossa pele, e eu fiquei ali a imaginá-las como as lágrimas do meu pai do céu”, lembra.

Desesperada, Molly entrou no tribunal, com a mente e o coração numa batalha emocional. Ela esperava muito que o juiz lhe concedesse a custódia legal completa do seu irmão mais novo, mas temia uma reviravolta no caso.

Enquanto isso, o pequeno Easton estava tímido. Molly achou que ele também estava com medo. O menino riu de ruídos aleatórios ao redor, mas parecia tenso. “Na maioria das vezes, ele mantinha a cabeça baixa sobre a mesa, quase com medo de olhar para a mulher que segurava o seu destino nas suas mãos”, disse Molly.

Felizmente, a audiência foi rápida e favorável. Depois de tirar fotografias com a juíza, Molly e a sua família saíram do tribunal felizes, deixando para trás um passado frio e doloroso.

No dia 16 de junho de 2017, Easton, de 3 anos, que entrou no tribunal como órfão, saiu 10 minutos depois como filho legal de Molly. Após cerca de 458 dias a amá-lo, cuidar dele e dar-lhe beijos de boa noite, a lei reconheceu legalmente Molly e o seu marido como pais de Easton.

Molly não poderia estar mais feliz, e lembrou-se de um momento monumental quando o seu pai e sua madrasta ligaram para ela no dia em que Easton nasceu para perguntar qual nome ela preferia dentre os poucos que eles gostavam.

“Eu escolhi Easton, e eles concordaram que esse nome encaixava melhor. O Easton nunca me chamou de Molly. Ele sempre me chamou de mamã, porque ouvia os meus filhos a chamar-me isso e pensava que era o meu nome”, conta Molly.

Após a adoção, ela sentiu que Easton já sabia sobre o futuro antes de qualquer um deles! “Espero que com o passar dos anos, ele sempre sinta consigo os primeiros papás no céu e que sempre saiba o quanto os seus quatro pais o amam”, disse Molly.

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