“Olá, tenho 56 anos e sou mãe da Kelly, de 33 anos, e avó da Opal, de 16 anos. A Kelly ficou grávida da Opal aos 16 anos. O meu marido, Eddy, e eu sempre acreditámos no direito de escolher. No entanto, a Kelly insistiu que queria ficar com a bebé e não entregá-la para adoção.
Ajudámos muito, porque a Kelly tinha apenas 17 anos quando a Opal nasceu. No entanto, a Kelly raramente ajudava, mesmo quando estava disponível. Até mesmo pedir-lhe para cuidar da Opal por uma hora enquanto fazíamos recados era um problema. Era raro que ela não reclamasse sobre ter de estar lá para cuidar da Opal.
A Kelly optou por não frequentar a faculdade após a formatura. Ela tinha um emprego com horário flexível, mas raramente se disponibilizava para ficar com a Opal. Ela só vinha a casa para dormir ou vestir-se para alguma festa. Éramos nós que comprávamos os mantimentos e agendávamos as consultas para a Opal. O Eddy e eu tínhamos conversas sérias com a Kelly, para ela perceber que precisava de começar a agir como mãe, mas ela só fazia promessas vazias e nunca as cumpria.
A Kelly mudou-se quando a Opal tinha 6 anos e aparece uma vez por quinzena e nos feriados, mas o Eddy e eu fomos os únicos a criar a Opal, que está a ir muito bem. Ela tem bons amigos, joga ténis, participa em projetos voluntários e planeia ser bióloga marinha após a formatura.
O ano letivo terminou a semana passada, então fizemos um jantar especial para comemorar as suas boas notas. A Kelly veio, juntamente com vários outros membros da família. Estávamos todos a conversar e a desfrutar do jantar juntos quando a Kelly se levantou para anunciar que estava grávida do namorado.
Já estávamos chateados porque aquele era para ser o momento especial da Opal, por isso anunciar uma gravidez era completamente inapropriado. O Eddy e eu dissemos-lhe que não teríamos nada a ver com a criação desse novo bebé e não pagaríamos nada, mas ela surtou e seguiu-se uma enorme discussão.
Chamou-nos de insensíveis e alegou que estávamos dispostos a deitar o nosso neto fora, então nós chamámos-lhe egoísta por esperar que criássemos outro filho por ela. “Estamos demasiado velhos para criar um bebé, tu tens 33 anos e precisas de crescer. Dá o bebé para adoção ou sê finalmente uma mãe e cria-o tu mesma”, dissemos-lhe.
A Kelly saiu em lágrimas, e agora a família está dividida entre os que concordam com ela, que dizem que adotámos a Opal e estamos a transmitir a mensagem de que não nos importamos com o nosso neto mais novo, e os que acham que deveríamos ter conversado com ela em privado em vez de discutir em frente de todos.
Qual a vossa opinião?”
