A jornalista Emily Bingham, farta de ouvir a típica pergunta “quando planeias ter filhos?”, decidiu publicar o seguinte texto no Facebook, acompanhado de uma imagem de uma ecografia:
“Olá a todos! Agora que tenho a vossa atenção com esta fotografia aleatória de uma ecografia que tirei do Google, é apenas para relembrar que os planos e decisões reprodutivas dos outros não são das vossas contas. Antes de perguntar a um casal jovem que parece estar junto desde sempre quando é que vão finalmente começar a construir família, antes de perguntar aos pais de um filho único quando é que lhe vão dar uma irmã ou irmão, antes de perguntar a uma pessoa de 30 anos solteira se ainda planeia ter filhos, porque o relógio está a contar… simplesmente parem para pensar. Por favor parem. Vocês não sabem quem é que está a lutar contra a infertilidade, quem está de luto por um aborto espontâneo ou quem está a lidar com problemas de saúde. Não sabem quem está a ter problemas no seu relacionamento, quem está sujeito a muito stress ou para quem simplesmente o momento certo ainda não chegou. Não sabem quem está indeciso sobre ter um filho ou ter mais filhos. Não sabem quem já decidiu que não quer nenhum, agora ou mesmo nunca. Não sabem como é que a aparentemente pergunta inocente pode despoletar sentimentos de luto, dor, stress ou frustração. Claro, para algumas pessoas essas questões podem não fazer qualquer confusão, mas posso dizer-vos, pela minha própria experiência e pelas experiências de muitos amigos, é muito provável que faça.
Resumindo: quer queiras muito ser avó, quer sejas um amigo bem-intencionado, um membro da família ou um vizinho curioso, esta questão não é da tua conta. Pergunta às pessoas o que é que as entusiasma de momento. Pergunta-lhes qual foi a melhor parte do seu dia. Se uma pessoa te quiser falar de algo tão pessoal como os seus planos para ter ou não filhos, ela vai dizer-te. Se estiveres curioso, simplesmente espera para ver o que ela faz por vontade própria e quando estiver pronta.”
Este texto é uma crítica à intransigência das pessoas relativamente à questão de ter filhos.
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