Se atualmente Portugal é o campeão europeu de futebol, deve-se ao golo do famoso Éder. O golo projetou-o de tal forma que, no espaço de muitos poucos dias, o futebolista já foi entrevistado por Cristina Ferreira, que o considera o homem do momento.
Durante a entrevista, Éder revela as dificuldades que viveu até chegar onde chegou:
“Vim para Portugal com a minha mãe, onde o meu pai já estava. A certa altura, o meu pai foi a casa da minha mãe e acabou por me levar e fui viver com ele uns tempos. Depois, meteu-me num colégio e fiquei em Braga durante um ano. Fiquei muito triste, não achei piada nenhuma.
O meu pai encontra-se preso desde os 12 anos. A minha madrasta faleceu e ele foi acusado de a ter assassinado. Foi condenado a 16 anos, penso eu. A partir do momento em que fui para a Académica e comecei a ganhar dinheiro, pude ir a Inglaterra vê-lo. Todas as minhas férias, ia sempre vê-lo a Inglaterra.”
Relativamente à emoção que tem vivido nos últimos dias, com a vitória na final do Euro 2016 contra a França, Éder afirma o seguinte:
“Ainda não me caiu a ficha. Tanto eu como os meus colegas somos heróis. O povo português, a nação inteira.
Antes do jogo, já vinha a preparar o momento do golo e já tinha comentado com algumas pessoas, nomeadamente com a Susana [a mental coach de Éder]. No momento em que Fernando Santos me chamou e me deu indicações, eu disse-lhe “Mister, não se preocupe que eu vou marcar”. Aquele era o momento, senti que podia acontecer e dei tudo o que tinha.
O Ronaldo veio ter comigo e disse “tu é que vais marcar”, assim como o Bruno Alves e o Eliseu.”
Quanto à famosa luva branca, Éder explica a sua superstição:
“A luva branca tem um significado relacionado com a história da minha vida. Já tinha usado no Braga. Durante os jogos, guardo-a na caneleira. Mas não é fácil de tirar. Quando estamos a festejar, os outros jogadores têm de esperar um bocado para eu a poder sacar.”
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