Segundo uma análise da revista Proteste Investe, a DECO alerta para o facto de que as aplicações nos bancos em Portugal equivalem a “perder dinheiro”, pois em 10 bancos é melhor guardá-lo debaixo do colchão. A associação de defesa do consumidor deslocou-se a 20 bancos, em busca de soluções para aplicar 2500€ por ano, tendo concluído que estes “cobram mais em comissões de manutenção de conta do que juros”.
Ainda de acordo com o mesmo artigo, nos bancos online “não são cobradas comissões, o que os torna mais atrativos para aplicar as pequenas poupanças, mas o rendimento fica abaixo da inflação”.
Os bancos cobram entre 1,80€ e 36€ de juros para aplicações de 2500€, “mas as comissões de manutenção das contas podem chegar aos 83,2€”, sendo os pequenos depósitos engolidos pelas comissões e inflação.
A Proteste Investe fez contas e chegou à conclusão de que se um português tiver um pequeno pé-de-meia, de aproximadamente 2500€ no seu banco de sempre, considerando que o rendimento médio de um depósito a 12 meses ronda os 0,3% ao ano, “ao fim de um ano terá aumentado o seu pecúlio em uns estonteantes 7,5€”. Isto é menos do que iria precisar de receber “para fazer face à inflação prevista em 2016 (1,2%) e cerca de 5 a 11 vezes menos do que paga ao próprio banco para este guardar o seu dinheiro e usá-lo em benefício próprio, para se autofinanciar”.
A proibição de os bancos “cobrarem comissões por manutenção de contas é uma luta” que já dura há mais de dois anos.
Por essa razão, a DECO sublinhou para com o Banco de Portugal e partidos parlamentares “a urgência na aprovação de legislação que proíba as comissões de manutenção, ou que, em alternativa, as permita, mas apenas na medida em que correspondam a encargos pelos serviços adicionais efetivamente prestados ao consumidor”.
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