Esta é a história de Joanir Pereira, um agricultor residente em Cascavel, no Paraná, que no ano de 2007 participou numa audiência laboral, e cujo julgamento foi suspendido pelo juiz, que afirmou que Joanir não se adequava ao ambiente por usar chinelos, ainda que vestisse calças compridas e camisa.
Após o sucedido, muitas pessoas ficaram revoltadas, e 10 anos depois, o juiz que cometeu tamanha injustiça para com o agricultor, foi julgado pela primeira vez. O julgamento resultou numa indemnização de R$ 10 mil, cerca de 3.000 euros para Joanir!
Logicamente, Joanir tinha comparecido à audiência de chinelos, não por desrespeito ao poder judiciário, mas sim por levar uma vida tão humilde que não possui sequer outro tipo de calçado.
“Penso que o réu agiu com culpa grave, de forma imprudente, porque se trata de um juiz do trabalho que exercia as suas funções na região com grande quantidade de trabalhadores rurais”, pode ler-se na sentença do juiz Alexandre Moreira Gauté, pertencente à 1ª Vara Federal de Paranaguá.
Embora Joanir não possa ser recompensado pela humilhação a que foi sujeito, teve direito a uma indemnização e ficou claro que muitas pessoas se preocupam com ele e lutam para que seja feita justiça pelas mãos de profissionais compreensivos.
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