Histórias

Viúvo cria os 8 filhos seguindo as instruções que a esposa falecida deixou

Ian Millthorpe, um homem de 56 anos, perdeu a esposa Angie em 2010 após uma longa batalha contra o cancro, e ficou a criar os 8 filhos sozinho.

Pouco antes de falecer, com 48 anos, Angie fez questão de deixar um plano de 15 pontos essenciais para o marido.

“Eu nunca poderei substituir a Angie. Nem quero, mas estou determinado a fazer tudo o que puder para que ela se orgulhe da nossa família. Felizmente, ela tornou isso mais fácil para mim com as instruções que deixou para mim”, conta Ian.

Os oito filhos do casal são Ryan (32 anos), Damon (29), Rhys (27), Connor (19), Jake (15), Jade (15), Cory (12) e Ella (11).

“Eu tenho um monte de crianças trabalhadoras e atenciosas. Estou muito orgulhoso. Eles falam sobre a Angie todos os dias, sobre o que ela costumava fazer, o que costumava dizer”, explica Ian.

Ian e Angie casaram em 1985, depois de se apaixonarem aos 14, quando se conheceram num parque em Grimethorpe, South Yorks.

O casal teve três filhos, e depois disso Angie foi diagnosticada com cancro pela primeira vez, com apenas 29 anos.

Depois de Angie vencer a doença, teve os restantes cinco filhos com o marido. Contudo, em 2008l, foi diagnosticada com cancro do pulmão incurável, mesmo não fumando.

Sabendo que era uma questão de meses até falecer, Angie escreveu um guia para auxiliar o marido, com os seguintes pontos:

  • Trança o cabelo da Ella
  • Certifica-te que fazem os trabalhos de casa antes de dormir
  • Deita-os uma hora antes de escurecer
  • Supervisiona os programas de TV
  • Não os deixes roer as unhas
  • Supervisiona os namorados/namoradas
  • Continua a ir para Thornwick com o resto da família
  • Sê rigoroso com eles
  • Verifica se têm lêndeas no cabelo
  • Certifica-se que só passam uma hora por dia no computador
  • Certifica-te de que a Ella toma os reforços por causa da meningite
  • Não uses o ferro demasiado quente quando passares as camisas
  • Não deixes a Ella sozinha no banho
  • Não lhes dês muitos doces
  • Não te esqueças de lhes colocar protetor solar em dias quentes

Após a morte de Angie, Ian assistiu à primeira peça do presépio da filha Ella, e recorda-o como um momento particularmente difícil.

“Quando me sentei, um professor disse-me que eu ia ter um verdadeiro deleite. Então, a Ella cantou uma canção a solo. Vi os pais a virar-se para olhar para mim. Eu estava quase a chorar e fiquei a olhar para cima, desejando que a Angie pudesse vê-la também”, lembra Ian.

Segundo ele, a lista funcionou tão bem que as regras estão a ser repassadas para os seus cinco netos.

“Sinto falta da Angie todos os dias, mas senti ainda mais a sua ausência durante o nascimento dos nossos netos. Ela teria adorado abraçá-los, assim como eu”, disse Ian.

Infelizmente, Ian também tem as próprias batalhas de saúde. Tendo sobrevivido a uma hemorragia cerebral em 2004, tem uma doença pulmonar crónica e dificuldade em respirar, depois de trabalhar mais de 20 anos como mineiro.

“A coisa mais difícil com a qual tive de lidar foi a minha saúde. Eu só quero fazer o certo pela Angie e os meus filhos. Não me quero tornar um fardo”, disse.

“Faremos a nossa caminhada anual pela Baía de Thornwick em Flamborough Head, onde vamos visitar o túmulo da Angie, deixar flores e partilhar memórias. Costumávamos ficar naquele local quando éramos adolescentes, só a olhar para a baía, então é uma maneira perfeita de a sentir no meio de nós”, acrescentou.

“Quando dávamos este passeio com a Angie, ela cozinhava um bife mal passado em casa, com batatas fritas, rodelas de cebola, cogumelos e tomate fatiado. Este ano vou pedir isso num pub, onde desembrulharei os presentes das crianças. Os meus filhos mais velhos dão-me sempre um aftershave e um perfume do Hugo Boss como a Angie fazia”, concluiu Ian.

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