No passado dia 10 de março, a Câmara Municipal de Loures anunciou o lançamento de um concurso público internacional para a construção do tão falado percurso ribeirinho de Loures, que contempla a criação de uma pista ciclável e pedonal entre Santa Iria de Azóia e a Bobadela.
Segundo a autarquia, o percurso terá aproximadamente 6 quilómetros de extensão, com passagem por Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela.
A previsão de conclusão da obra aponta para o ano de 2023, em que se espera poder circular de bicicleta e a pé entre Lisboa, Loures e Vila Franca de Xira.
Tiago Matias, vereador do Urbanismo da Câmara de Loures, exaltou a importância deste passadiço de “enorme valor ambiental e paisagístico” com o objetivo de “retomar a ligação da população com o rio Tejo”.
A realização já foi aprovada em dezembro de 2020, com um empréstimo de médio e longo prazo de 4,9 milhões de euros.
A esse montante junta-se ainda o financiamento comunitário também já aprovado, no valor de 1,8 milhões de euros.
No ano de 2017, a autarquia de Loures concluiu uma primeira fase do projeto da Frente Ribeirinha do Tejo ao abrir o troço entre a estação de Santa Iria de Azóia e o pontão da BP, um percurso pedonal de 740 metros.
Ness altura, o município lembrou que a Frente Ribeirinha de Loures se estende num lugar privilegiado do Estuário do Tejo, desde o limite norte do concelho de Lisboa, no Parque das Nações, começando na margem esquerda do Rio Trancão e desenvolvendo-se ao longo do rio, ao longo de 6 quilómetros, até à ligação com o futuro percurso de Vila Franca de Xira.
Desta forma, o projeto vai “completar a ligação pedonal e ciclável intermunicipal, assegurando a continuidade do sistema de mobilidade urbana sustentável ao longo do Rio Tejo, entre os municípios de Vila Franca de Xira e Lisboa”, articulado com as estações de caminho-de-ferro de Santa Iria de Azóia, Bobadela e Sacavém.
Este percurso tão esperado vai ser desenvolvido sobre estacaria de madeira, possibilitando o desfrute da paisagem do Rio Tejo aos cidadãos e simultaneamente a promoção e divulgação dos valores de fauna e flora presentes.
Pelo percurso, vão existir sinaléticas de orientação e informação, assim como sete pontos de paragem e descanso com sombra e bancos.
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