A vacina contra o cancro implantável e biodegradável da Harvard’s Wyss Institute, na Universidade de Harvard (EUA), aproveita os métodos imunoterápicos e pode um dia ajudar a tratar o melanoma, outros tipos de cancro, doenças infeciosas, doenças autoimunes, bem como vacinar contra peptídeos, proteínas ou antígenos específicos.
O implante em questão é uma estrutura de polímero biodegradável que contém fatores de crescimento e componentes dos tumores de cada paciente.
A tecnologia foi inicialmente projetada para atingir o melanoma canceroso na pele – num estudo pré-clínico, 50% dos ratos tratados com duas doses da vacina (ratos que teriam morrido de melanoma em cerca de 25 dias) mostraram regressão completa do tumor.
A vacina contra o cancro implantável está a ser usada atualmente num ensaio clínico de Fase I, em colaboração com o Dana Farber Cancer Institute.
A tecnologia desta vacina, desenvolvida em colaboração com biólogos, médicos e pesquisadores do Institute, do Dana-Farber Cancer Institute e da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard, funciona ao reprogramar o sistema imunológico para rejeitar as células cancerosas.
A maioria das vacinas terapêuticas contra o cancro disponíveis atualmente exige que os médicos removam primeiro as células imunológicas do corpo do paciente, depois as reprogramem e introduzam novamente no corpo.
A abordagem inicial do Wyss Institute usa uma pequena esponja semelhante a um disco, do tamanho de uma unha, feita de polímeros aprovados pelo FDA. A esponja é implantada sob a pele e projetada para recrutar e reprogramar as próprias células imunológicas de um paciente “no local”, instruindo-as a viajar pelo corpo, alojar-se nas células cancerosas e, seguidamente, matá-las. Desta forma, evita-se realizar quimioterapia no corpo inteiro.
Para além das aplicações terapêuticas, a vacina implantável também pode ser usada como diagnóstico para identificar doenças autoimunes.
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