Histórias

Todos os dias, menina espera no orfanato com a sua malinha pelo pai que prometeu regressar

Carlita era uma menina de 10 anos que morava num pequeno orfanato. Fazia 3 anos desde que o seu pai solteiro a levou para lá, prometendo ir buscá-la depois de ganhar dinheiro.

O seu pai, Alex, era um homem pobre, e a esposa Lucía abandonou-o e a Carlita depois de conhecer um homem rico que queria casar com ela.

A mulher pegou no dinheiro que estava na conta bancária conjunta e, por causa disso, Alex não conseguiu manter a loja que possuía.

“Sinto muito, Carlita, mas o papá não quer que vivas na pobreza. Eu prometo-te, quando eu ganhar dinheiro para te dar a vida confortável que mereces, eu voltarei para ti. Prometo, Carlita. Por favor, espera por mim”, disse o pai de coração partido antes de deixar a sua filha com o diretor do orfanato.

“Pai, não me deixes aqui”, gritou Carla, fazendo o possível para segurar o seu pai. “Desculpa, Carlita. O papá precisa de ganhar dinheiro para podermos voltar a morar juntos. Eu prometo que voltei. Amo-te, filha”, disse Alex, também a chorar.

Ele lançou ao diretor do orfanato um último olhar, que dizia “por favor, cuide dela”, e foi embora.

Carla, então com 7 anos, nunca esqueceu o que o pai disse. Todos os dias, ela esperava, sentada do lado de fora do portão do orfanato com a sua malinha, e até colhia flores do jardim para lhe dar.

As outras crianças riam dela, e as mais velhas tentavam arruinar a sua esperança de se reunir com o pai.

“Deves acreditar em contos de fadas. O teu pai estava a dar uma desculpa. Ele não vai voltar”, diziam-lhe.

“Vocês não conhecem o meu pai. Ele é um homem que mantém a sua palavra. Ele vai voltar para mim”, respondia a menina.

As outras crianças vezes abanavam cabeça, rindo dela – mas também elas esperavam e rezavam para que de alguma forma os seus pais aparecessem e as tirassem do orfanato.

Um dia, enquanto Carla estava sentada do lado de fora com a sua mala e flores recém-colhidas, o diretor do estabelecimento aproximou-se dela e perguntou se falar dentro do seu escritório. Carla assentiu, pegou na mala e seguiu-o.

“Carla. Sabes que todas as crianças aqui desejam fazer parte de uma família, certo?”, perguntou ele.

A menina assentiu lentamente. “Bem, um casal mostrou interesse em adotar-te. Eles querem que faças parte da família deles”, disse-lhe o diretor.

“Não! O meu pai disse que voltaria. Não quero que outra pessoa me adote. Vou esperar pelo meu pai”, disse ela, começando a chorar.

“Bem, querida, tu estás num orfanato. De acordo com a lei, se alguém quiser cuidar de ti, tem o direito de adotar-te”, explicou o diretor.

A esse ponto, Carla chorava incontrolavelmente. “Não! Por favor, eu amo o meu pai. Não deixe que eles me levem”, soluçou ela.

A diretora não conseguiu revelar à menina que ela já tinha tentado fazer com que o casal se interessasse em adotar algumas das crianças mais velhos, mas este recusou.

Depois de alguns dias, finalmente chegou a hora da menina conhecer os seus pais adotivos. Embora ela tenha chorado durante dias, finalmente aceitou o seu destino e rezou para que o seu pai biológico a encontrasse um dia, não importa onde fosse.

Pela última vez, esperando por um milagre, ela sentou-se em frente à porta do orfanato com um buquê de flores fresco. “Vem rápido, pai”, disse baixinho.

Infelizmente, o tempo acabou. O diretor do orfanato pediu que ela pegasse nas suas coisas, e a menina mandou fora o buquê que tinha feito na rua e subiu.

Quando ela pegou nas suas coisas e voltou para baixo para se encontrar com o diretor, de repente percebeu que tinha deixado a única fotografia do seu pai na mesa de cabeceira. “Espere, Sr. Carrillo. Deixei algo na minha gaveta,” disse, correndo de volta para o seu quarto.

Abrindo a gaveta, ficou surpreendida ao ver que a fotografia já não estava lá. À beira das lágrimas, ela ouviu um homem atrás dela dizer: “Já não vais precisar mais dessa fotografia”.

Os seus olhos arregalaram-se e ela rapidamente olhou para trás. “Vais ver-me ver todos os dias agora”, disse o homem.

“Pai! És mesmo tu?”, perguntou a menina, atirando-se para os seus braços. “Sim, querida. Sou eu. Desculpe por ter demorado tanto para te vir buscar”, disse Alex com lágrimas nos olhos.

Eles abraçaram-se com força por mais alguns segundos antes de se afastarem. “Eu sabia que voltarias, pai. Eu disse a todos aqui que ias voltar!”, disse Carla, chorando também.

As outras crianças olharam pela porta e perceberam que a menina esteva certa o tempo todo: o seu pai era um homem de palavra.

Acontece que Alex deixou a cidade para ganhar dinheiro e recuperar a custódia da sua filha. Primeiro, trabalhou como balconista, até que economizou o suficiente para abrir a sua própria loja.

Ele conheceu uma adorável senhora chamada Amanda, por quem se apaixonou. Quando ele lhe revelou que tinha uma filha à espera dele num orfanato, ela não pensou duas vezes em ajudá-lo.

“Vamos buscar a tua filha”, disse ela. Desde aquele dia, Alex, a sua nova esposa e a sua adorável filha, Carla, viveram uma vida feliz juntos.

Ele permaneceu um pai dedicado, dando todo o amor que podia à sua filha, e Amanda também amava Carla como se fosse sua.

O que podemos aprender com esta história? O amor de um pai não conhece limites. Alex realmente amava a sua filha Carla, mais do que qualquer coisa no mundo. Ele sabia que tinha de sacrificar algum tempo com ela para lhe dar uma vida melhor. Quando finalmente conseguiu, ele voltou para ela.

O verdadeiro amor aceita toda a sua verdade. Alex encontrou uma mulher chamada Amanda que o amava por tudo o que ele era. Quando ele revelou a verdade sobre Carla, em vez de fugir, ela aceitou e fez questão de acolher Carla como se fosse a sua própria filha.

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