Com bom humor e força de vontade, Sammy Basso, um jovem italiano de 23 anos com síndrome de Hutchinson-Gilford, também conhecida como progéria.
A condição, que é extremamente rara, foi a inspiração para o livro de F. Scott Fitzgerald, “O Curioso Caso de Benjamin Button”, que mais tarde foi transformado num filme estrelado por Brad Pitt.
A doença genética afeta em média 1 em cada 4 milhões de bebés e aumenta em até 7 vezes o processo de envelhecimento.
As crianças que sofrem desta condição têm a pele enrugada, perdem o cabelo precocemente, são extremamente magras, podem apresentar sintomas de nanismo e têm uma expectativa de vida de apenas 13 anos.
Porém, Sammy já viveu 10 anos a mais que isso, e apesar de todas as dificuldades exibe uma grande alegria nas suas redes sociais.
Recentemente, o jovem formou-se em biologia molecular na Universidade de Pádua, na Itália, para estudar a sua própria condição.
Sammy publicou os resultados de um tratamento experimenta, que aumentou em 25% a longevidade entre camundongos afetados pela síndrome, e disse que este é apenas o começo.
“Há alguns anos, ou mesmo alguns dias, ninguém poderia imaginar isso, mas agora podemos. Agora podemos até ter esperança de obter uma cura”, disse o jovem.
A pesquisa é feita em parceria com o especialista espanhol em envelhecimento Carlos López Otín, que tenta corrigir o DNA de quem tem a doença modificando cada célula individualmente.
Para isso, os investigadores utilizaram uma técnica desenvolvida na Universidade de Harvard que permite a “edição” de um DNA de qualquer organismo.
“É uma das primeiras vezes que esta técnica é usada para tentar curar completamente um organismo. Ao habilitar esta técnica, esperamos ser capazes de curar permanentemente a progéria e outras doenças genéticas”, informaram os especialistas.
O estudo, que foi publicado pela Nature Medicine, abre caminho para futuros testes em humanos. “É um dia histórico para a ciência, principalmente para as pesquisas sobre progeria”, disse o jovem.
Sammy, nascido no dia 1 de dezembro de 1995, na cidade italiana de Schio, apresentou os primeiros sintomas da doença aos 6 meses de idade, quando o seu crescimento parou repentinamente. Fez vários exames e, antes de completar 2 anos, foi diagnosticado com progéria – ou síndrome de Hutchinson-Gilford, como é chamada, em homenagem aos médicos ingleses que a descreveram.
Infelizmente, grande parte das pessoas com esta doença sofrem de rigidez nas articulações, arteriosclerose, doenças cardiovasculares, paragens cardíacas e outras doenças típicas dos idosos.
“Portanto, encontrar a cura para a progéria significaria não apenas ajudar estas crianças e jovens, mas encontrar a solução para os problemas cardíacos que afligem milhões de pessoas em todo o mundo”, concluíram os especialistas.
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