Manter a amizades pode ser difícil, uma vez que a constituição de família e a carreira exigente começam a pesar mais na vida de cada um.
Uma equipa de investigadores procurou perceber qual a idade em que os nossos círculos sociais começam contrair-se, e é mais cedo do que você possa de imaginar: 25 é o pico para homens e mulheres, segundo o estudo da Escola de Ciências da Universidade de Aalto na Finlândia e o Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de Oxford.
Agora, quantos amigos é que uma pessoa tem? Obviamente, essa é uma pergunta difícil de responder – a maioria das pessoas provavelmente nem sabe a resposta sobre si mesma com precisão. Então, o método dos investigadores consistiu em analisar as chamadas feitas de telemóveis celulares em determinados períodos de tempo, que variavam de um mês a um ano inteiro. Os registos de chamadas foram recolhidos de uma operadora móvel europeia em 2007, e os registos anónimos foram reduzidos a 3,2 milhões de utilizadores para os quais a idade e sexo estavam disponíveis.
Pessoas de ambos os sexos ligavam ao maior número de pessoas regularmente, ou seja, pelo menos uma vez por mês, aos 25 anos.
Os investigadores observaram que os homens jovens ligam para mais pessoas do que as mulheres, especulando que isso reflete a busca dos homens mais jovens por parceiras sexuais, o que tende a mudar mais tarde na vida.
Mas noutra idade importante, aos 39 anos as mulheres assumem o lugar dos homens como tendo mais contactos sociais, e assim permanece até aos 90 anos.
Nessa altura, a maioria liga apenas a um pequeno grupo de outras pessoas regularmente: os homens ligam para cerca de 12 pessoas diferentes por mês e as mulheres para cerca de 15.
Por volta dos 45 aos 55 anos, os níveis de amizade parecem estagnar para ambos os sexos, mas as mulheres ainda mantêm mais contactos do que os homens.
Claro, nem todas as pessoas para quem ligamos são amigos, e nem toda a amizade envolve ligações telefónicas, mas os investigadores defendem que a sua descoberta se correlaciona com outros estudos no mundo “cara a casa”.
As redes sociais podem muito bem estar a mudar a amizade, mas por enquanto, esta ainda passa muito por ligar para os seus amigos e combinar um café.
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