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Pais observam o filho durante a festa de aniversário dele e descobrem que os seus “amigos” é que o estavam a fazer doente

Deirdre O’Brien, residente em Garden City, Nova Iorque (EUA), partilhou um testemunho poderoso do bullying sofrido pelo seu filho Liam, na sua página de Facebook. Rapidamente, a publicação tornou-se viral e a família recebeu muito apoio. Liam O’Brien, o jovem de 13 anos, chegou a ser hospitalizado na sequência dos ataques.

“Talvez a Deirdre proteja outra criança no futuro, ao tentar aumentar a consciencialização”, disse Keith O’Brien, pai de Liam, sobre o motivo pelo qual decidiram tornar a sua história pública. “Se não podemos proteger os nossos filhos, fracassamos como sociedade e como pais. É simplesmente horrível”, acrescentou.

Keith descreve o seu filho como um menino “muito feliz e positivo”, que adorava praticar desporto e sair com os amigos.

 

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“Acho que seria difícil encontrar alguém para dizer uma palavra má sobre ele”, disse, revelando que, juntamente com a esposa, começou a detetar algumas mudanças no comportamento do jovem, principalmente a nível social.

“Ele começou a isolar-se, não socializava mais com nenhum amigo. Só queria estar comigo e com a mãe dele. Pouco antes de começar o 8º ano, começou a dizer coisas como “eu não quero voltar para a escola” ou “odeio esta escola”. Eu também reparei que ele costumava ter um apetite tremendo, chegando a tomar dois pequenos-almoços, e de repente deixou de comer. Ficámos muito preocupados e levámo-lo ao pediatra, que lhe mediu a frequência cardíaca”, explicou o pai

Pouco tempo depois, Liam acabou por ser internado num hospital infantil por distúrbio alimentar, onde permaneceu durante 8 dias.

“Como pais, sabíamos que alguma coisa estava a acontecer, então entrámos em contato com a escola de Liam, a escola secundária de Garden City, pouco antes do início do ano letivo, e eles garantiram que cuidariam dele. Ele começou a escola na terça-feira, e o seu aniversário foi na sexta-feira, 8 de setembro. Nesse dia, chegou a casa com um grande hematoma no rosto, e disse que tinha caído nas escadas. Então, na noite de domingo, antes de voltar para a escola, ele meio que desmoronou, começou a chorar e a dizer que não queria voltar para lá”, lembra Keith.

 

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Foi então que o jovem finalmente contou à mãe que tinha sido alvo de muitas agressões ao longo do ano passado. “Diziam-lhe que ele era estranho, que era gordo, que as suas sardas e sobrancelhas eram esquisitas. Usavam linguagem horrível e chamavam-lhe muitos nomes desagradáveis, para além das agressões físicas”, revelou Deirdre.

No dia seguinte, 12 de setembro, Liam foi internado novamente no Centro Médico Infantil Cohen e posteriormente transferido para o Centro Médico de Princeton, em Princeton, Nova Jersey, onde acabou por ficar.

“Basicamente, o diagnóstico foi distúrbio alimentar e depressão provocada por bullying contínuo”, conta Keith.

As Escolas Públicas de Garden City disseram num comunicado que o agrupamento escolar “ficou profundamente triste ao saber de uma recente questão de bullying partilhada nas mídias sociais, pois nenhuma criança deve sentir-se relutante em ir à escola por medo de segurança pessoal ou emocional”.

 

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“A primeira prioridade é garantir a segurança de todos os nossos alunos. Estamos a tentar, em conjunto, melhorar ainda mais os recursos e programas disponíveis para avançar para a eliminação de todas as formas de bullying nas nossas escolas o mais rápido possível”, acrescentou o agrupamento, pedindo aos pais que ajudem a identificar casos de bullying.

“O Liam ainda está a lutar, tendo dias bons e dias maus. O que ele passou deixou cicatrizes muito grandes e profundas nele, mental e emocionalmente. Os médicos não nos deram nenhuma previsão de regresso a casa”, informou o pai.

 

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A família ainda está a ponderar se tomará alguma ação legal contra a escola, mas entretanto, a manifestação de apoio da comunidade tem sido uma fonte de incentivo.

“Foi quase milagrosa, a união da comunidade. Quando algo assim acontece, pensamos sempre o pior, mas apercebi-me de quantas pessoas boas ainda existem por aí”, concluiu Keith.

Muitas pessoas manifestaram-se contra o bullying e mostraram o seu apoio a Liam com a hashtag #WeStandWithLiam, seguindo a publicação de Deirdre O’Brien no Facebook.

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