A psicóloga Vanessa Lapointe afirma que “família que come junta, prospera junta”, chamando a atenção para a importância das refeições partilhadas em família, num momento de união física e emocional.
Diante de uma mesa repleta de comida, junto daqueles que mais amamos, quem é que não consegue por um momento colocar de lado as preocupações do dia-a-dia? A tradição do almoço em família, em especial ao domingo, também é uma forma de recuperar a ligação com parentes próximos e talvez até com os mais distantes.
“O tempo de refeição sempre foi historicamente um tempo de união familiar. Para além disso, quando mais gerações se unem, há uma grande diversidade de idades e interesses e isso é simplesmente positivo para todos, principalmete os mais jovens”, explica Lapointe.
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O que importa não é o menu, mas sim o ambiente comum, reforça Anne Fishel, terapeuta familiar e co-fundadora do The Family Dinner Project, que enumera todos os benefícios psicofísicos de comer com a família.
“Os benefícios são muito variados, como cognitivos (maior vocabulário em crianças mais jovens e melhor desempenho na escola), físicos (melhor saúde cardiovascular, baixas taxas de obesidade e maior consumo de frutas e vegetais), e psicológicas (menores taxas de depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, menor abuso de substâncias e menos problemas comportamentais na escola)”, diz Fishel.
Num espaço acolhedor e convidativo, os mais pequenos sentem-se à vontade para expressar-se, mesmo com os mais adultos, o que é muito estimulante. Não é necessário que o encontro familiar ocorra num domingo, como é típico da tradição ocidental – pode ser em qualquer dia da semana, almoço ou jantar – o importante é encontrar tempo para ultrapassar as distâncias intransponíveis.
Até as teorias mais recentes sublinham a importância do almoço ou jantar em família. Se for gerada a atmosfera certa, será a oportunidade ideal para ligar diferentes gerações, das crianças aos idosos, numa cadeia de amor e afeto, um sistema de valores que precisamos urgentemente.
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