Recentemente, Guarujá, no litoral de São Paulo, Brasil, o nadador salvador Joel Júior Silva Lemos fez um salvamento heroico.
Um menino de 4 anos, uma menina de 10, um adolescente de 13 e uma jovem de 18, todos da mesma família, estavam na água, quando o mais novo começou a afogar-se.
Felizmente, Joel estava atento e reagiu rapidamente, conseguindo tirá-lo da água. O menino estava com muito medo, e fê-lo lembrar do próprio filho, o que deixou o nadador muito emocionado.
“Aconteceu tudo aqui no canto dos pescadores, e da posição em que estávamos, dava para ver. Estávamos a fazer a manutenção da nossa moto aquática. Todos vimos que se estavam a afogar, mas num primeiro momento não sabíamos que se tratavam de crianças”, conta Joel.
Ao aperceber-se do que estava a acontecer, a equipa de salva vidas dividiu-se: dois foram a pé até onde estava o grupo de jovens, enquanto Joel e outro colega foram de quadriciclo.
“O menino era tão pequeno e magrinho que não cabia na boia. Foi quando lhe disse para ele vir comigo que ele respondeu que estava com muito medo e me abraçou, exatamente como o meu filho faz quando está assustado com algo. Naquele momento, lembrei-me dele e emocionei-me muito. Tive de tentar conter a descarga de adrenalina para o trazer de volta ao areal. A fotografia que tiraram mostra-me com ele nos braços como se fosse mesmo meu filho. Foi muito forte a emoção, e a imagem tirada mesmo na hora em que eu estava a limpar as minhas lágrimas”, lembra Joel.
Segundo a equipa, as crianças foram à praia acompanhadas pelos pais, que estavam na areia e não repararam no incidente.
Eles tinham visto os jovens a brincar na parte mais rara do mar, e não os viram ser arrastados pela maré.
No final do resgate, a equipa de salvadores falou com os adultos responsáveis pelas crianças, alertando-os para estarem mais atentos porque nunca se sabe com o que contar no mar.
“Aonde a criança estiver, você também deve estar. Não pode ficar distante e deixá-la na água. Sinto indignação por deixarem uma criança à mercê do mar, que é tão perigoso. Graças a deus, chegámos a tempo e o pior não aconteceu”, desabafou Joel.
Entretanto, a fotografia do salvamento foi publicada nas redes sociais e tornou-se viral, gerando muitos comentários elogiosos.
“Não imaginei que isto teria esta repercussão toda, até porque não sou de publicar nada. Eu nunca me tinha emocionado num resgate antes, mas desta vez foi inevitável”, concluiu o nadador.
