Histórias

Menina de 13 anos é expulsa da escola porque o seu jeito de se vestir “distrai os meninos”

Tudo começou com um macacão azul. A estudante do ensino fundamental da Califórnia Demetra Alarcón foi retirada da sala de aluas há algumas semanas, quando o professor decidiu que o macacão da jovem de 13 anos era demasiado curto.

O seu pai, Tony Alarcón, levou-lhe uma muda de roupa que “incluía um top com alças finas e calções”, mas os calcões também não eram suficientemente longos para satisfazer o código da escola, e mais tarde Demetra foi vista com uma das alças do sutiã a aparecer.

O seu pai foi em sua defesa e está a fazer campanha para mudar o código da escola porque visa injustamente as alunas, dado que a maioria das regras diz respeito a roupas femininas.

Ele e a sua esposa também querem ser os responsáveis ​​por decidir o que a sua filha usa na escola.

“Foi-me dito por um administrador que as roupas das meninas são uma distração para os meninos. Isso não devia ser uma preocupação”, disse o pai de Demetra.

“Temos que ter códigos justos e razoáveis ​​e que não causem problemas emocionais nem façam com que as alunas questionem os seus corpos ou sintam que são símbolos sexuais aos 13 anos. Porque eles não são. São apenas crianças”, reforçou.

Demetra, que frequenta a Raymond J. Fisher Middle School em Los Gatos, Califórnia, disse que se sente “criticada” por usar o que outras meninas usam na escola.

“A Demetra não está sozinha. Basta sentar-se no estacionamento e perceberá isso. Eu ouvi de várias meninas que elas só querem sentir-se confortáveis, mas sentem-se forçadas a usar leggings mesmo quando está um calor de 38 graus”, conta Tony.

O código da escola tem regras específicas sobre o comprimento dos calções, saias e vestidos. A roupa íntima e a barriga podem não ser visíveis, e tops curtos, tops sem alças, tops com alças finas, calções, saias e vestidos curtos não podem ser usados ​​na escola.

Lisa Fraser, a diretora da escola, disse que as diretrizes “Fashion Faux Pas” da escola se aplicam a meninas e meninos. Entre outras proibições, encontram-se chapéus ou capuzes dentro da sala de aula, roupas íntimas visíveis, palavras ou logotipos considerados inadequados.

“Sempre houve um código. São padrões para um decoro razoável. Eu reservo-me o direito de definir diretrizes para a escola, mas quero liderar com o pulso da comunidade e refletir os valores essenciais da comunidade”, disse Lisa.

Tony acha que o código em questão vai longe demais. “O código deve exigir que roupas cubram as partes do corpo, com isso concordo a 100%. Mas usar alças finas e tops não os torna ninguém desrespeitoso ou inadequado”, explicou o pai.

“Você ajudou-me a perceber que alguns problemas bastante sérios de imagem corporal resultaram da nossa vergonha cultural e sexualização dos corpos das meninas”, escreveu uma mulher na publicação de Tony.

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