Inspiração

Esta mulher corajosa salvou mais de 150 crianças judias do Holocausto, dizendo que eram os seus próprios filhos

Marion Pritchard, uma mulher holandesa de grande coragem que resgatou muitos judeus durante o Holocausto, faleceu em 2016 com 96 anos.

Nascida no dia 7 de novembro de 1920 em Amsterdão, Marion foi criada como anglicana, mas arriscou a vida para salvar os judeus da perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial, tendo mesmo chegado a ser presa pelos seus esforços.

Marion tinha 19 anos quando os nazistas invadiram a Holanda em 1940. Criada em um lar tolerante, ela deu conforto cerca de 150 pessoas, muitas delas crianças, levando-lhes comida e outras coisas essenciais.

Colocou-se em grande perigo muitas vezes, e embora fosse contra a pena de morte, não hesitou em atirar sobre um polícia holandês que estava prestes a descobrir um homem e os seus três filhos, que ela protegia num quarto escondido debaixo do chão.

“Eu oponho-me a matar no geral, mas quando se tratou de uma escolha entre as crianças e ele, fiz a escolha que tinha de fazer. Não esperei para ver o que ele ia fazer ou dizer. Se ele tivesse ido para a outra sala, ele teria visto as crianças. O meu instinto foi que, se eu não o apanhasse, aquelas crianças estariam condenadas”, explicou Marion.

Membro do movimento de resistência holandês, lembra-se do uso de propaganda antijudaica quando os nazistas invadiram a Holanda e como estes utilizaram ferramentas de educação para separar o resto da população dos judeus.

Ela também passou sete meses na prisão nazista, após ser descoberta a traduzir programas dos Aliados.

Marion deu crédito aos pais por terem-na ensinado a tolerar e respeitar os outros. Em 1981, Yad Vashem reconheceu-a como uma Justa entre as Nações pelos seus esforços.

“Cercada por uma violência inimaginável, Marion Pritchard deixou de lado as preocupações com a sua própria segurança e ajudou aqueles que precisavam. Existem muito poucas pessoas como ela no mundo, mas sua memória viverá e inspirará outras pessoas”, disse o diretor executivo da Fundação USC Shoah, Stephen Smith.

Após a guerra, Marion estabeleceu-se em Vermont, onde continuou a servir ao próximo, desta vez ajudando famílias de refugiados.

PARTILHE esta história inspiradora!

Mais Populares

To Top

Possível adblock detectado

Se estiver a usar um Ad Block por favor desligue-o no nosso website. Os anúncios são essenciais para a manutenção deste website.

Refresh