Aparentemente, os genes responsáveis pela possibilidade de ter filhos naturalmente em idades mais avançadas são também responsáveis por uma maior longevidade.
Segundo um estudo revelado no ano de 2014 publicado na revista científica “Menopause”, realizado pela equipa de investigação da Boston University School of Medicine, as mulheres que dão à luz depois dos 33 anos sem precisar de nenhum tratamento de fertilidade têm mais probabilidades de viver até mais tarde.
Os investigadores dizem que os genes que permitem às mulheres ter filhos de forma natural em idades mais avançadas são os mesmos que permitem chegar aos 95 anos.
Esta conclusão condiz com as descobertas anteriores, que estabelecem uma relação inegável entre a idade da mulher aquando do nascimento do último filho e a sua esperança de vida.
Este estudo baseou-se na análise de dados recolhidos no “Long Life Family Study”, estudo genético que contou com 551 famílias participantes, com vários membros a viver e até ultrapassar os 95 anos.
Primeiramente, os investigadores determinaram a idade em que cada uma das 462 mulheres tinha dado à luz o último filho, e posteriormente determinaram até que idade tinham vivido. A conclusão obtida foi que as mulheres que tiveram o último filho depois dos 33 anos tinham o dobro da probabilidade de viver até aos 95 anos.
Ao comparar com as mulheres que tiveram o último filho antes dos 30 anos, concluiu-se que estas últimas tinham uma menor longevidade. Entre as 462 mulheres, 274 tiveram o último filho depois dos 33 anos.
“Pensamos que os genes que permitem à mulher ter filhos naturalmente numa idade mais avançada são os mesmos que têm um papel muito importante no retardar do envelhecimento e na descida do risco de doenças relacionadas com a idade, como as doenças de coração, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e cancro”, disse Thomas Perls, especialista em geriatria na Boston University Medical Central, assim como investigador principal do estudo em questão.
