Inspiração

Ex-doméstica que viveu na rua e foi julgada por ter “cara de pobre” vence preconceito e torna-se juíza

Antônia Marina Faleiros, uma mulher muito decidida e trabalhadora de 60 anos, saiu do interior de Minas Gerais aos 21 anos, à procura de uma vida melhor na capital.

Ela queria muito estudar na faculdade para ter um futuro melhor, e ainda passou algum tempo na casa de familiares, mas começou a sentir-se mal com isso e arranjou um trabalho como empregada doméstica.

Infelizmente, os patrões não queriam que ela dormisse em casa deles, e como Antônia não conseguia pagar um aluguer, passava a noite numa estação de autocarro movimentada, a fingir que estava à espera de um até chegar a hora de ir trabalhar.

Quando falava com a mãe, Antônia dizia que estava a residir na casa onde trabalhava, para não a preocupar, e também para poder continuar a lutar pelo seu sonho.

Certo dia, Antônia descobriu que no lixo perto de uma escola por onde passava a caminho do trabalho costumavam ser deixados vários papéis com conteúdo útil para ela estudar.

Apesar de os papéis estarem sujos com marcas de café, ainda era possível lê-los, e com o tempo as folhas começaram a surgir limpas, o que fez Antônia desconfiar que a secretaria percebeu que estavam a ser reutilizadas.

Depois de tanto tempo a conciliar o trabalho e o estudo, ainda que não tivesse onde morar, Antónia passou em terceiro lugar no concurso de Noção de Direito, e a sua vida mudou.

Hoje, é juíza da 1ª Varal Criminal de Lauro de Freita, na comarca na Bahia, e apoia um projeto social para crianças.

Antônia inspira-se diariamente na própria história, e utiliza a profissão para ajudar pessoas como ela, e muitas outras.

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