Esta é a história de um soldado que voltou à sua cidade de origem depois de estar na guerra. Assim que chegou, muito nervoso, procurou um telefone para ligar aos pais.
“Johnny, és tu?”, perguntou a mãe.
“Sim, mãe, sou eu”, respondeu.
“Quando chegas a casa?”, perguntou a mãe do soldado.
“Rapidamente, mãe. Mas preciso de te pedir um favor. Estou com um amigo, outro soldado, que não tem para onde ir. Ficou gravemente ferido e perdeu um braço e uma perna. Necessita de ajuda e um lugar para viver. Posso levá-lo para casa comigo?”, pediu o soldado.
Após algum tempo a ouvir os pais a debater sobre o assunto, Johnny ouviu a mãe dizer:
“Temos muita vontade de te ver, mas parece que o teu amigo precisa de muita ajuda e não saberíamos o que fazer. Seria uma grande fardo para nós.”
“Está bem mãe, eu entendo”, disse o soldado, profundamente triste.
Passados alguns dias, os pais de Johnny receberam uma chamada da polícia:
“Lamentamos ter de os informar de uma notícia muito má. Encontrámos o seu filho morto no quarto de um hotel. Parece que se suicidou.”
Em choque e sem perceber o porquê de tudo aquilo, os pais de Johnny viajaram até à cidade onde o filho se tinha suicidado para identificar o seu corpo.
O médico forense perguntou-lhes se aquele era o filho deles, retirando o lençol branco de cima do seu corpo, e foi aí que se deu o verdadeiro choque.
Era Johnny, sem dúvida, mas não tinha um dos braços e uma das pernas. Então, os pais perceberam que durante a chamada do filho, ele estava a falar de si próprio.
Esta é a prova que não devemos ver como “um fardo” as pessoas com limitações, porque estas merecem a nossa dedicação e ainda têm muito para dar. Se não acreditarmos nelas, torna-se muito mais difícil para estas acreditar que vale a pena lutar, como é o caso desta história.
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