As casas pequenas têm estado na moda nos últimos anos, especialmente para pessoas que querem economizar dinheiro e obter liberdade ao nível da localização.
Mas esta comunidade em South Nashville, Tennessee, construiu pequenas casas com um propósito maior – acomodar cidadãos vulneráveis do ponto de vista médico sem casa.
A The Village at Glencliff (TVG) realizou recentemente uma cerimónia de inauguração com a presença da Conselheira do Distrito Ginny Welsch.
As pequenas casas estão localizadas na propriedade da Igreja Metodista Unida Glencliff, a primeira comunidade do género no país, o que torna a iniciativa ainda mais marcante.
“Faz muito tempo, mas hoje finalmente cortámos a fita e oficialmente demos as boas-vindas ao Village em Glencliff,no dia 16!” escreveu Ginny no Facebook, partilhando algumas fotografias da vila.
O Center for Disease Control Foundation (CDCF) e o National Institute for Medical Respite Care (NIMRC) concederam à TVG $ 270.000 para fornecer abrigo médico à comunidade para indivíduos sem-abrigo.
Este subsídio é um dos nove prémios concedidos pelo CDCF e NIMRC, e irá apoiar três unidades, pessoal, equipamentos médicos e despesas operacionais. Para além disso, a bolsa também inclui dois anos de assistência técnica personalizada do NIMRC.
“Eu não poderia estar mais orgulhosa da Rev. Ingrid McIntrye e da congregação na Igreja Metodista Unida de Glencliff pelo seu trabalho em dar vida a este belo lugar”, disse Ginny.
O distrito publicou uma lista de coisas necessárias para acabar de mobiliar algumas das pequenas casas, como cortinas de chuveiro, cafeteiras e toalhas de cozinha, e está a levantar fundos para concluir a segunda fase do projeto, que envolve a construção de mais 10 casas pequenas.
Toda a infraestrutura está pronta e feita, agora tudo o que precisam de fazer é mobiliar as casas.
“Somos extremamente gratos ao CDCF, NIMRC e a todos os apoiantes da nossa comunidade por reconhecerem a importância do cuidado temporário médico transformador e compassivo em Nashville”, disse a Rev. Ingrid McIntyre, diretora executiva da TVG.
“Por meio deste subsídio, fazemos parte de uma comunidade crescente de organizações que causam impacto de longo prazo no tratamento do ciclo de saúde e desabrigo. A participação neste piloto nacional que modela a colaboração entre os setores de habitação e saúde é uma honra”, acrescentou.
Inicialmente, alguns moradores da região opuseram-se à iniciativa. Muitos membros da comunidade temiam que isso prejudicasse os valores das propriedades e comprometesse a segurança, e alguns deles tinham medo de ter potenciais criminosos na vizinhança.
Depois de anos de atrasos e batalhas judiciais, o centro médico ganhou o caso e agora está aberto para pessoas que não têm para onde ir depois de permanecer num hospital.
“É difícil para as pessoas imaginarem as coisas antes de vê-las. Eu acho que é difícil às vezes quando há estereótipos negativos associada à população sem-abrigo, que eles são isto ou aquilo e que vão fazer mal às pessoas, e na verdade, nada pode estar mais longe da verdade”, disse o Diretor Médico da TVG, Robb Nash.
Estes espaços significam muito para as pessoas sem-abrigo. Eventualmente, haverá 22 pequenas casas na área.
Valegia Tidwell, que antes era sem-abrigo, está a ajudar a arrecadar dinheiro para o pequeno vilarejo onde moramos. A causa está no seu coração porque quando ela não tinha casa, ela foi atropelada por um motorista bêbado.
Tidwell quebrou o quadril, uma perna e a pélvis durante o acidente. Se não fosse por um estranho de bom coração, ela teria de se recuperar nas ruas. “Eu não teria conseguido sair da rua, estando na posição em que estava”, disse ela.
Lembrando-se da situação difícil em que estava e vendo essas pequenas casas, Tidwell fica feliz que existam projetos como este. Como qualquer outro cidadão, os sem-abrigo também merecem espaços que possam acomodar as suas necessidades, principalmente após difíceis estadias hospitalares na sequência de problemas de saúde graves.
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