Histórias

Esta mulher recusa-se a tirar o buço e a fazer as sobrancelhas para ir a um encontro e recebe chuva de insultos

Eldina Jaganjac, uma mulher dinamarquesa de 31 anos, está farta de comentários ofensivos nas redes sociais, de pessoas a dizer-lhe para fazer as sobrancelhas e o buço.

A sociedade criou uma expectativa sobre a aparência da beleza e qualquer pessoa que opte por algo diferente é frequentemente considerada feia ou mesmo “suja”.

Eldina revelou que recebe diariamente uma enorme quantidade de ódio de utilizadores das redes sociais e até mesmo pessoas na rua pela sua decisão de não arranjar as sobrancelhas e o buço. No entanto, apesar do abuso, Eldina não tem planos de mudar o seu visual.

A jovem diz que embarcou numa jornada de amor-próprio, depois de ficar saturada com o fato de que, globalmente, é expectável que as mulheres gastem mais tempo e dinheiro com a sua aparência do que os homens.

Então, em março do ano passado, decidiu que ia parar de arranjar as sobrancelhas e o buço por completo – e a resposta foi exatamente o que ela esperava.

Segundo a própria, muitos homens gritaram-lhe para arrancar os pelos faciais em plena rua, e muitas vezes apercebia-se que as pessoas olhavam para as sobrancelhas ou buço dela fixamente enquanto falavam com ela.

No entanto, ao fazer uma declaração importante, Eldina acrescenta que considera os seus pelos faciais são uma bênção – especialmente quando se trata de namoros, porque ela acredita que aqueles que a veem apenas pela aparência não merecem tê-la nas suas vidas.

“Antes de deixar a minha “monocelha” crescer, eu sentia que havia opções extremamente limitadas de como as mulheres deveriam ser. Em comparação com os homens, espera-se que gastemos muito mais tempo e dinheiro na nossa imagem apenas para sermos consideradas visualmente aceitáveis ​​em sociedade, especialmente em espaços públicos”, explicou.

“Se um homem não faz a barba e não arranca as sobrancelhas, ninguém se apercebe nem comenta e não é nada fora do comum. Assim como muitas outras mulheres, aprendi a policiar-me nesse sentido. Por exemplo, durante muito tempo não me sentia confortável para sair de casa a menos que as minhas sobrancelhas e buço estivessem feitos e as pernas depiladas. Agora, escolhi concentrar-me nas tarefas e metas que quero executar e alcançar e menos em como me pareço ao fazê-lo e se as pessoas gostam de mim ou não, porque provavelmente nunca mais as verei novamente – e se as vir, também não me importo”, adiantou.

Apesar do ódio a que é constantemente sujeita, Eldina está empenhada em viver a vida à sua maneira e não deixa a negatividade afetá-la.

“Eu não me importo com o que as pessoas pensam. É uma escolha pessoal. Alguns dos meus amigos disseram que gostam de me ver assim depois de eu deixar crescer os meus pelos faciais, alguns não compreenderam, e a maioria não se importou. Algumas pessoas vieram até mim na rua elogiar-me e outras gritaram comigo. Foi um processo desconfortável no início, mas se algumas pessoas não têm nada a fazer além de gritar com estranhos, então que seja. Não quero desperdiçar a minha energia com alguém que claramente tem demasiado tempo nas mãos e maldade no coração”, concluiu Eldina.

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