A Escola Gaelscoil Mhíchíl Uí Choileáin, em Clonakilty, na Irlanda, implementou uma iniciativa diferente no seu programa de educação: acabar com os trabalhos de casa e substituí-los por boas ações durante o mês de dezembro.
Durante as semanas antes das férias, é atribuído um ato de bondade específico por dia aos alunos, como comunicar com pessoas idosas, ajudar familiares em tarefas domésticas e cuidar do próprio bem-estar emocional.
No final de cada boa ação, as crianças devem registar tudo o que fizeram e sentiram numa espécie de diário de altruísmo.
Para além disso, a escola ainda criou um “cubo de bondade”, onde as crianças podem deixar observações e afirmações positivas escritas com o objetivo de aumentar a autoestima dos colegas. Depois, todas as sextas-feiras, algumas dessas mensagens são selecionadas de forma aleatória e lidas em voz alta para todos.
O ano de 2019 foi o 3º ano consecutivo desta iniciativa, com foco especial na gratidão, e os resultados foram excelentes.
“Estamos a encorajar os nossos alunos a pensar sobre o verdadeiro espírito do Natal, da bondade e generosidade. Com tanto materialismo e anúncios comerciais pela altura do Natal, é comum ignorar o que realmente importa… a boa vontade”, explicou a diretora assistente Íde Ní Mhuirí.
“Infelizmente, nem todos estão em condições de celebrar o Natal. Algumas pessoas estão sozinhas, algumas tristes, outras sem ter sequer comida para colocar na mesa ou mesmo um teto. Mas não há ninguém neste mundo que não beneficie de uma boa ação, e a alegria da bondade não custa nada”, acrescentou.
“Neste mundo consumido pelas redes sociais, onde os nossos jovens estão constantemente sob pressão, não há melhor maneira de lhes mostrar o caminho a seguir do que praticando bondade. Todos sabemos que ajudar os outros nos faz sentir bem connosco próprios… o que há para não adorar nisso? A nossa mensagem para as crianças é muito simples: elas podem ser a razão pela qual alguém sorri hoje e podem definitivamente ajudar a tornar este mundo um lugar melhor para os outos e para elas mesmas”, concluiu.
