Inspiração

Ela pagou os seus estudos a limpar casas. Hoje, lidera a missão da NASA para Marte

Aos 17 anos, com apenas US $ 300 no bolso e incapaz de falar inglês, uma mulher chamada Diana Trujillo deixou a Colômbia em busca de um futuro melhor para ela e para a sua mãe.

Corria o ano de 2000, George Bush estava prestes a tornar-se presidente dos EUA, e o censo apontava para um aumento colossal da população latina no país, embora a vida de migrantes como Diana ainda fosse tão difícil quanto é agora.

Em criança, ela olhava para o céu na noite estrelada para se acalmar no meio da situação “tão violenta” que o país vivia.

Depois de chegar aos EUA, ela continuou a olhar para as estrelas em busca de formas de ganhar algum dinheiro com o trabalho doméstico, e acabou por trabalhar em três empregos ao mesmo tempo.

No entanto, duas décadas após “pousar” nos EUA, a agora engenheira aeroespacial está a liderar a equipa responsável por projetar um braço robótico que extrai materiais de Marte, que faz parte do Rover Perseverance, lançado pela NASA.

“Nunca me ocorreu na minha vida que eu poderia passar de limpar casas para liderar a missão Mars Rover 2020 na NASA”, conta Diana.

Perseverante como ela, o robô recolhe materiais do planeta na sua missão que, segundo Diana, permitirão à humanidade saber se alguma vez existiu vida em Marte.

“Estou extremamente feliz por fazer parte de um grupo que pode mudar a história”, disse a corajosa colombiana num vídeo publicado pela NASA.

Mas como é que Diana Trujillo passou de uma vida difícil como migrante ilegal nos EUA para se tornar uma pioneira do espaço?

Diana economizou durante anos para pagar os seus estudos de ciências espaciais na Universidade da Flórida, e graças às suas boas notas, a instituição assumiu o financiamento. Ela tinha um objetivo claro: queria tornar-se uma astronauta.

“Disseram-me que havia um estágio na NASA Academy. O teste da candidatura era muito longa, nada menos que 300 palavras por resposta. E eu não sabia muito bem inglês”, explicou.

Então, Diana decidiu desistir, pensando que não seria aceite porque o seu inglês não era muito bom. Contudo, uma amiga que conhecia bem os seus sonhos entrou no seu computador e enviou a candidatura por ela.

Por sorte, Diana foi selecionada para o estágio em 2006, e tornou-se a primeira imigrante latina a integrar o programa, que a levou a conhecer astronautas, cientistas e até fazer parte de um lançamento da NASA.

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