Inspiração

Desempregado encontra carteira com quase 300€ e devolve: “O que não é da gente, não é da gente”

No dia 20 de Março, José Cleomar Domingues, de 34 anos, ficou desempregado, com dois filhos pequenos para criar.

Uma semana antes, já consciente do final do seu contrato de trabalho, estava a ir a pé para o trabalho, em Piraí do Sul, quando viu uma carteira no chão. “Vi um objeto caído e dei-lhe um chuto. Tenho uma mania de chutar as coisas. Mas depois vi que era uma carteira… e tinha R$ 1.780 lá dentro”, conta.

Muitas pessoas teriam ficado com o dinheiro e utilizado o mesmo para benefício próprio, principalmente estando numa situação precária como José.

Porém, para ele isso estava fora de questão. “Imediatamente publiquei no Facebook, perguntei se alguém conhecia o rapaz a quem pertenciam os documentos na carteira e fui trabalhar. No outro dia, quando fui ver o telemóvel, tinha uma mensagem de um rapaz a dizer que era dele”, conta.

Depois de entrarem em contacto, José marcou encontrar-se com o dono da carteira e assim fez. Entretanto, as pessoas fizeram questão de inundar a página de José para o elogiar devido à sua atitude.

“Pelo que pude ver, era um rapaz bem simples e humilde. Para mim, o que fiz foi normal. Não o fiz para ganhar popularidade. Até me assustei com os comentários, porque era algo que eu não esperava. Para mim, o que não é da gente, não é da gente. Tenho contas para pagar, mas não sei o que a outra pessoa está a passar também. Às vezes pode ser ainda mais pobre que a gente, sem condições de trabalhar. Eu não conseguia pegar naquele dinheiro e gastá-lo a pensar no que é a pessoa ia fazer com ele, se precisava de compras fraldas ou leite”, explicou José.

Agora, José está à procura de um novo emprego, e tem esperanças de encontrar um trabalho que lhe dê melhores condições de vida.

“Vou tentar encontrar emprego e trabalhar. Mesmo que achasse mais dinheiro, ia entregá-lo de novo. Foi assim que os meus pais me ensinaram. Foi a decisão que tive de a minha fé em Deus e a Nossa Senhora vai mover montanhas”, concluiu.

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