Inspiração

Comerciante doa material escolar a menino que lhe pediu ajuda para estudar

Mauricio Casado, um homem de 48 anos residente em Mendoza, na Argentina, deixou muitas pessoas emocionadas com um gesto de grande generosidade.

Mauricio é o proprietário da Livraria Dino, que um menino visitou recentemente, à procura de ajuda.

“Ele entrou e perguntou respeitosamente se tínhamos como ajudá-lo porque ele não tinha dinheiro para comprar materiais escolares. Perguntei o que ele precisava e tudo o que ele pediu foram cadernos e lápis de cor. Nós incluímos um lápis, uma caneta, uma borracha, uma régua, um estojo e mais algumas coisas numa bolsa e demos-lhe. Ele saiu muito feliz, depois de agradecer”, conta Mauricio.

Um cliente testemunhou o momento de altruísmo, e fez questão de o partilhar nas redes sociais com a seguinte legenda:

“Factos que transcendem. Por obra do acaso, esta manhã presenciei um acontecimento que nos incentiva a continuar a lutar pelo bem. O dono da Livraria Dino deixou entrar no seu estabelecimento uma criança que não pedia dinheiro nem comida, mas sim materiais para poder ir à escola. Então, o dono perguntou: “que mais precisas?”. Tive de expressar a minha admiração e recomendar o lugar onde certamente mais coisas como esta acontecem, só que desta vez tive a sorte de ser testemunha.”

A publicação tornou-se viral rapidamente, e várias pessoas partilharam curiosidades sobre a Livraria Dino.

Na verdade, livraria pertenceu primeiramente a Dino Casado, pai de Mauricio, que agora tem 74 anos. Aparentemente, Dino ajudava as criança tal como o filho ajudou este menino.

“O meu pai abriu um quiosque em 1981, onde vendia diversos tipos de mercadorias e acabou por abrir a sua livraria e tornar-se um homem muito amado e respeitado pela vizinhança. Desde que tudo isto aconteceu, muitas pessoas escreveram-nos a agradecer o meu gesto. Algumas até disseram que foi graças à ajuda do meu pai que puderam ir para a escola. Uma senhora contou que, após perder o seu emprego, o meu pai deu suprimentos para a filha dela durante anos. Sabem como é emocionante ler isso? Eu mostrei ao meu pai, e ele chorou de emoção”, contou Mauricio.

“Quando eu era criança, vi o meu velhote dar suprimentos às crianças que lhe pediam um lápis. Ele acabava sempre por lhes dar cadernos, canetas e muitas outras coisas. Eu não entendia, pensava sempre: “porque é que ele dá sempre as coisas?”. Mas ao crescer, entendi”, acrescentou.

“O meu pai continua a vir à livraria. Antes da pandemia, era todos os dias, agora é dia sim dia não, por algumas horas ou quando precisamos. Vejo como ainda o cumprimentam com muito carinho. Todos o conhecem na rua e isso deixa-me muito feliz e orgulhoso. Isto gerou um efeito multiplicado e faz muita gente pensar na importância de ajudar os outros. Não é preciso ajudar com dinheiro. Todos temos em casa roupas e materiais em boas condições, mas que não usamos, e podemos doar a quem precisa”, concluiu.

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