Um novo estudo do Irving Medical Center, da Universidade de Columbia, encontrou uma ligação entre a falta de sono e a compulsão por doces.
Os investigadores analisaram a qualidade do sono e as dietas de quase 500 mulheres com idades entre os 20 e os 76 anos, que participaram no programa AHA Go Red for Women – um estudo de um ano de padrões de sono e risco cardiovascular.
Ao longo do estudo, a equipa descobriu que quanto pior era a qualidade do sono, mais os participantes sentiam vontade de ingerir açúcares adicionados, gorduras saturadas e cafeína.
Em média, aqueles que não dormiram bem – ou o suficiente – consumiram 500 a 800 calorias extra, e também excederam a dose diária recomendada de gordura total e saturada, açúcares e cafeína, mas não atenderam às doses recomendadas de vegetais, leguminosas e fibras.
Os investigadores atribuem isso ao facto de que a falta de sono de qualidade estimula a fome e suprime os sinais hormonais que comunicam saciedade, o que torna muito mais difícil evitar o desejo por alimentos não saudáveis.
Por sua vez, os alimentos ricos em açúcar e cafeína sobrecarregam o sistema, o que dificulta o processo de adormecer.
“Na nossa sociedade moderna, muitas vezes trabalhamos até tarde, comemos as nossas refeições tarde e às vezes o sono é colocado de lado em termos de quão importante é para o nosso estilo de vida saudável em geral”, disse a Dra. Brooke Aggarwal, autora sénior do estudo e professor assistente de ciências médicas no Vagelos College of Physicians and Surgeons da Universidade de Columbia
“O nosso estudo realmente destaca a importância de um sono bom e de qualidade para o controlo do peso corporal, bem como para a prevenção potencial de doenças cardíacas entre as mulheres”, concluiu.
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