Querendo acabar com a poluição do plástico nos mares e nas praias, um jovem biólogo balinês chamado Kevin Kumala projetou sacolas 100% biodegradáveis feitas de amido de mandioca.
Para além de biólogo e inventor, Kevin é mergulhador e surfista, e estava absolutamente farto de todo o lixo plástico no fundo do mar e nas belas praias da sua ilha dos Deuses.
Como todas as 17.000 ilhas que compõem o arquipélago indonésio, Bali teve um forte crescimento económico e, paralelamente, um grande aumento no número de sacolas plásticas encontradas nas praias, atiradas para o mar e espalhadas ao longo das estradas.
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Da mandioca aos sacos e da cana-de-açúcar aos copos, Kevin Kumala não tem falta de ideias para reduzir a quantidade de resíduos de plástico que prejudicam o ambiente.
Biólogo de formação, o jovem buscou soluções e pensou em usar mandioca para substituir o plástico em sacolas, tratando-se de um produto barato e amplamente produzido na Ásia.
Uma sacola feita de amido de mandioca leva de 3 a 6 meses para se degradar completamente, comparativamente com os 1000 anos de um saco de plástico normal. E o melhor? É que os sacos de fécula de mandioca dissolvem-se completamente em água quente a 80 graus.
Ao contrário de outras alternativas biodegradáveis ao plástico, nenhum óleo é necessário para produzir estes sacos, sendo totalmente sustentáveis, orgânicos e não prejudiciais ao meio ambiente, humanos ou animais que podem ingeri-lo sem causar problemas.
Colocando as suas ideias em ação, Kevin Kumala criou a sua empresa em Bali, a Avani Eco, e abriu uma unidade de produção na ilha vizinha de Java.
A sua empresa produz sacolas de compras com amido de mandioca desde 2015, mas também desenvolveu “lancheiras” de cana-de-açúcar, entre muitos outros produtos úteis e amigos do ambiente.
A abordagem militante do jovem empresário é claramente exibida no verso de todos os seus produtos, que dizem “Eu não sou de plástico”.
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