Esta é a história de Myriam Ducré-Lemay, uma jovem com a vida pela frente, que trocou alguns beijos de boa noite com o namorado antes de dormir, após este ter comido um lanche rápido, um hábito normal para qualquer casal.
Pouco tempo depois, Myriam começou a sentir-se estranha e com dificuldades em respirar. Ainda usou o inalador asmático, mas não conseguiu aliviar o sufoco que sentia, então perguntou ao namorado se este tinha comido algo com amendoim.
Então, este disse que tinha comido uma sandes de amendoim, e Myriam pediu-lhe que este chamasse as urgências de imediato.
Embora a ambulância tenha demorado apenas 8 minutos, Myriam ficou inconsciente e não resistiu, pois o cérebro ficou sem oxigénio demasiado tempo.
“Infelizmente, ela não teve tempo de lhe dizer que tinha uma alergia a amendoins”, disse a mãe, Micheline Ducré.
Passados alguns anos, Micheline ganhou forças para partilhar a história da filha e alertar para a importância do uso de uma pulseira de identificação para alérgicos e um medicamento de emergência para alergias.
Caso Myriam tivesse usado uma pulseira, o namorado ia saber que ela era alérgica a amendoins, mas como a relação ainda era recente, ele não tinha conhecimento disso.
“A partida dela, tão precipitada e trágica, não foi em vão. É imperativo que a informação e consciencialização continue a circular para salvar vidas”, diz a mãe da jovem.
A chefe de Alergia Pediátrica e Imunologia do Hospital Infantil de Montreal, a Dra. Christina McCusker, apela que as pessoas com alergias alimentares estejam devidamente identificadas, que se previnam e protejam.
“Têm de dizer: oiçam, pessoal, eu tenho alergia a certos alimentos, e tenho um medicamento de emergência para alergias. Se houver algum problema, ajudem-me”, diz a médica.
Não é propriamente elegante ou prático andar com pulseiras médicas ou medicamentos, mas esta é a prova de que pode salvar vidas.
PARTILHE, é importante!
