Histórias

Aluna de 17 anos é mandada para casa porque a sua roupa “incomodava a professora”

As escolas são locais onde as mentes jovens devem ter a liberdade de explorar e desenvolver uma mente aberta. No entanto, em nome da preservação de um código de conduta moral, muitas vezes os professores sentem-se no direito de fazer policiamento moral.

Recentemente, Karis Wilson, uma aluna de 17 anos do Canadá, saiu de casa para ir para a sua escola, a NorKam Senior Secondary School, na província de British Columbia, com um vestido preto até aos joelhos com enfeites de renda no decote por cima de uma camisola de gola alta com mangas compridas.

Ela estava a sentir-se muito bem consigo mesma, mas horas depois voltou para casa em lágrimas, porque a sua professora repreendeu-a por usar um vestido que fazia lembrar roupa de lingerie.

Segundo a docente, o vestido usado por Karis poderia fazer tanto alunos e professores do sexo masculino sentir-se “desconfortáveis”, então levou a jovem ao escritório do diretor, que concordou que as roupas eram “inadequadas”.

Depois que Karis ser mandada para casa, em lágrimas, o seu pai, Christopher Wilson, recusou ficar calado.

Numa publicação no Facebook, Christopher queixou-se da atitude da professora e do diretor. “A minha linda filha de 17 anos, que está no 12º ano, foi para a escola hoje animada, a sentir-se bem com ela própria, pronta para aprender. Sentou-se na sala e ao fim de pouco tempo foi confrontada pela professora que lhe disse que a roupa que ela estava a usar podia deixar os colegas ou o seu assistente do sexo masculino constrangidos. Estou frustrado e magoado. Estou dececionado com o sistema. Como é possível serem tão antiquados e isto acontecer em pleno ano 2021?”, confessou.

Christopher acrescentou que o incidente foi “absurdo” e “inaceitável”. “Não podemos tratar nossas mulheres assim”, disse.

Depois de perguntar à filha como ela gostaria que ele lidasse com o assunto, ela disse-lhe que queria ter a certeza que aquilo não aconteceria a mais nenhum aluno.

Num vídeo, Christopher apelou às pessoas para “apoiarem Karis e garantirem que os envolvidos sejam responsabilizados e que isto nunca aconteça novamente”.

Entretanto, o vídeo tornou-se viral e provocou uma indignação massiva nas redes sociais, e no dia a seguir os amigos de Karis organizaram uma greve para expressar a sua oposição às ações da administração da escola e expressar a sua solidariedade para com a colega.

PARTILHE!

Mais Populares

To Top

Possível adblock detectado

Se estiver a usar um Ad Block por favor desligue-o no nosso website. Os anúncios são essenciais para a manutenção deste website.

Refresh