Uma criança desaparecida no Alabama desde 2002 foi encontrada segura em Ohio com o seu pai, que foi acusado de sequestro.
Hoje com 18 anos, Julian Hernandez desapareceu quando tinha 5 anos e residia com o pai em Cleveland.
Bobby Hernandez, de 53 anos, foi preso e está detido numa prisão em Ohio. O FBI recebeu uma denúncia no dia 30 de outubro, a alertar que o jovem Julian podia ser a criança há muito desaparecida, após dificuldades em inscrever-se na universidade.
Julian estava a ter problemas com o seu número de Seguro Social quando se inscreveu e pediu ajuda ao conselho escolar.
O conselheiro percebeu que ele tinha sido listado como uma criança desaparecida pelo Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas.
A agência trabalhou com a polícia do Alabama e o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas para confirmar a identidade do menino.
Durante todos aqueles anos, Julian viveu aqui com o seu pai, uma mulher e duas crianças. A sua mãe foi notificada pelas autoridades e ficou em êxtase ao saber que Julian tinha sido encontrado, mas também um pouco cética porque tinham surgido muitas pistas falsas ao longo das buscas por ele ao longo dos anos.
O seu pai Bobby foi ainda acusado de forjar uma nova identidade para o filho e adulterar registos em Ohio para que o jovem pudesse obter carta de condução em 2012, e está detido na Cadeia do Condado de Cuyahoga em Ohio com uma fiança de US $ 250.000 (£ 164.100).
As autoridades suspeitaram, na altura do desaparecimento do menino, que o seu pai era possivelmente o culpado.
Um banco de dados de pessoas desaparecidas mostra que Bobby disse que estava a levar o filho para a pré-escola em agosto de 2002, mas depois fugiu.
Julian não sabia que estava desaparecido. “Ele tem 18 anos, é um adulto, então agora cabe a ele decidir se quer voltar”, disse o tenente Johnny Evans, da polícia de Vestavia Hills, Alabama.
Quanto ao pai, Bobby, quebrou e pediu perdão. “O Julian é a pessoa mais importante da minha vida”, disse.
As autoridades descrevem Bobby como uma pessoa mal-intencionada que fez o filho acreditar que tinha sido abandonado por uma mãe que não o amava, quando na verdade era precisamente o contrário. “Julien viveu uma vida de mentira durante 13 anos”, disse o provedor de justiça.
Apesar de toda a confusão e mágoa, Julian disse que perdoava o seu pai. “Mesmo que as outras pessoas não consigam, eu perdoo-o. Amo-o e quero que ele faça parte da minha vida. Embora tenha sido doloroso crescer sem mãe, ao afastar o meu pai de mim estão a fazer a mesma coisa outra vez. O tempo que passei com ele senti-me em casa e em paz”, desabafou o jovem.
