Curiosidades

Adeus mamografia: vêm aí as análises ao sangue para detetar o cancro da mama

Recentemente, diversos centros de investigação têm-se dedicado à criação de análises ao sangue para detetar cancro da mama, antes mesmo de este ser visível na mamografia.

A Universidade de Heidelberg estima que o teste ainda entre no mercado no presente ano de 2019. “Esta técnica é muito menos penosa para as mulheres. Não dói nem implica exposição a radiação”, disse Sarah Scott, do Hospital Universitário de Heidelberg, na Alemanha.

Se tudo correr como o esperado, este teste poderá substituir a mamografia na deteção do cancro da mama, pelo menos em mulheres com menos de 50 anos.

Os investigadores descrevem o teste, chamado HeiSceen, como “uma biópsia líquida e não invasiva”, tendo já detetado 15 tipos de células cancerígenas mamárias diferentes. O melhor é que o cancro pode ser descoberto antes de ser visível em raio X ou ecografias, e o teste é mais económico, pois é só preciso um pouco de sangue e pode ser realizado em qualquer laboratório.

Mais de 900 mulheres foram testadas durante um ano, 500 delas com cancro da mama, por forma a garantir o desenvolvimento do teste, que deteta novas metástases de cancro em remissão.

Segundo o Hospital Universitário de Heidelberg, este teste é dirigido principalmente a mulheres com menos de 50 anos e com histórico de cancro da mama na família. O nível de confiabilidade do HeiScreen para esse intervalo de idades é de 86%, muito mais que qualquer outro teste ao sangue já realizado. Já em mulheres com mais de 50 anos, a confiabilidade do teste é reduzida para 60%.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o cancro é a segunda principal causa de morte a nível Europeu. Surgem mais de 3,7 milhões de casos e morrem 1,9 milhões todos os anos. Nas mulheres, o cancro da mama mata mais do que qualquer outro tipo de cancro, e só no ano passado morreram aproximadamente 627.000.

Este novo teste aumenta as chances de sobrevivência, porque o cancro é detetado bastante cedo e é possível começar o tratamento rapidamente. Quando descoberto de forma precoce, por exemplo no estágio 2, as probabilidades de sobreviver a um cancro da mama são de 93% a 100%, caindo para 72% no estágio 3 e 22% no 4.

A urgência em novas formas de detetar este cancro pode ser fundamentada num estudo feito no Reino Unido em 2017, que mostra que o rastreio por mamografia deixa escapar mais de 2.000 casos de cancro anualmente.

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