Curiosidades

A melhor forma de combater o envelhecimento é dançar

Quer parecer e sentir-se mais jovem? Deixe de lado os suplementos e tratamentos caros e dolorosos – o segredo está em por o corpo a mexer!

Segundo um novo estudo, publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience, apesar de o exercício físico ajudar a manter-nos, a dança pode mesmo ser a forma mais valiosa de atividade, em especial para os mais velhos.

De acordo com a investigação, quem dança com frequência revela mais saúde do que quem faz apenas exercícios gerais, mesmo que seja com a mesma regularidade.

Os investigadores do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas e da Universidade Otto von Guericke Magdeburg juntaram 26 idosos saudáveis ​​(a maior parte com mais de 60 anos) e dividiram-nos em dois grupos aleatoriamente: um para aprender coreografias de um instrutor de dança e outro para fazer treinos de resistência e flexibilidade. Os dois participaram nas respetivas aulas semanalmente, ao longo de 18 meses.

Os participantes do segundo grupo realizaram vários exercícios, como ciclismo ou caminhada nórdica, enquanto os outros aprenderam novos estilos de dança e coreografias a cada duas semanas.

“Nós tentámos oferecer aos nossos veteranos do grupo de dança mudanças constantes de estilos de dança. Passos, padrões de braços, formações, velocidade e ritmos foram alterados a cada duas semanas para os manter em constante processo de aprendizagem. O mais desafiante para eles foi lembrar as coreografias sob a pressão do tempo e sem quaisquer sugestões do instrutor”, diz Kathrin Rehfeld, líder do estudo.

Ambos os grupos revelaram melhorias significativas no hipocampo do cérebro, a mesma área em que doenças como o Alzheimer e a depressão tipicamente se desenvolvem. O hipocampo é conhecido pelo seu papel no controlo da memória, aprendizagem, navegação espacial e equilíbrio, e foi onde os investigadores viram diferença entre os membros do grupo de dança e o grupo de exercícios.

“Neste estudo, mostramos que dois tipos diferentes de exercícios físicos (dança e treino de resistência) aumentam a área do cérebro que diminui com a idade. Em comparação, foi apenas a dança que levou a mudanças comportamentais percetíveis em termos de melhor equilíbrio”, acrescenta Rehfield.

A equipa viu um aumento de tamanho do hipocampo em cada participante, mas apenas os dançarinos registaram um volume maior na área conhecida como o giro para-hipocampal e o subículo direito.

Kathrin Rehfield e a sua equipa esperam utilizar a nova investigação para criar rotinas ideais de condicionamento físico que combinem aspetos de dança e exercícios gerais que melhor combatam as doenças relacionadas com o avanço da idade.

“Estamos a avaliar um novo sistema chamado Jymmin (interferência e ginástica). Este é um sistema baseado em sensores que gera sons (melodias, ritmo) com base na atividade física. Sabemos que os pacientes com demência reagem fortemente quando ouvem música e queremos combinar os aspetos promissores da atividade física e da música ativa num estudo de viabilidade com pacientes com demência”, concluiu.

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